Lamento pela Morte de um Ente Querido
VINDIMA DE ESPERANÇAS
Quando se ama ou se volta a amar
A natureza perdida,
É sinal que a própria vida
Mesmo que dolorida
Tem esperança noutra saída
Rumo a um nova vindima.
Afagam-se os cachos com carinho
De baixo para cima
Como numa rima.
Provam-se as uvas coloridas
Prenhes de doçuras convertidas
Em álcoois depois amadurecidos
Em madeiras velhas consentidos
E fatalmente domados,
Aconchegados odores de bom vinho
Em toneis anciãos embriagados.
Era o Douro da Pesqueira em braços
De mulheres e homens de desembaraços
A soltar da cepa mãe, os filhos maduros
Naqueles socalcos pedregosos e duros.
Alguma lágrima vertida ao arrancar
Em doloroso transe de despedida,
A uva néctar fadada a uma nova vida.
Eram os bagos gordos e mimados
Pela natureza sol e solo vividos,
Que logo na prova primeira,
Fazem da minha amada Pesqueira,
A mãe do vinho dos meus sentidos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 13-05-2023)
Gostaria de poder te escolher, ainda que não soubesse de sua existência, você seria a minha maior criação para que enfim pudesse acalmar meu coração, te amar seria como um dilúvio iminente para a minha própria aniquilação.
A aurora boreal, o arco-íris, o nascer e o pôr do sol, não se pode alterar, modificar a paisagem, o visual do horizonte, porém não é necessário pois a natureza é sábia.
"Todo vício por menor que seja: É fácil de adquirir e difícil de deixar; podemos citar o celular -- utilizamos em 10% para assuntos úteis e 90% não úteis e não percebemos"
Como você se sentiria ao saber que, quando seu pai soube da gravidez da sua mãe, fugiu para não te assumir?
"luva de veludo"
Acorda cinderela venha
Ver naquela janela
A lua que vermelha amarela
Parece seus olhos contra luz
Ela te vela enquanto dormes
Com meio lençol tapando as pernas
Enquanto suspira baixinho
Por um amor perdido
Faz teus caminhos com as pedras
Escala as mais intocáveis montanhas
Queima como a fênix renascida
Mas a noite choras as escondidas
Deixa que caia toda dor
Deixe que banhem os teus olhos
Faz morada além da dor
Abra os olhos cinderela
Seu príncipe , é uma princesa...
ALMAS GÉMEAS
Ninguém me vê...
Acabrunhado
Ao mortificado,
Nesta cadeira velha
Que faz doer as cruzes
Deste esqueleto
Já absoleto
Que se senta
Rumo aos setenta
À espera de algumas luzes.
Ainda bem que ninguém me vê...
Neste cubículo escritório,
Em sistema de dormitório,
Para dar em cada dia ao mundo
Um poema infecundo
Teorema lógico
Dos axiomas
Postulados
Gravados
No sistema patológico
Rumo doloroso
Até conseguir o dialógico
Gostoso,
De ter alguém em simpatia,
Que todos os dias em sintonia,
Anima e faz viver a minha poesia.
(Carlos De Castro, in Há Hum Livro Por Escrever, em 15-05-2023)
Quando me vi do outro lado
nem o espelho refletiu mais minha face
Quando me vi do outro lado
tinha deixado diferente o mundo
do jeito que antes o havia encontrado
Quando me vi do outro lado
foi que me dei conta que esqueci
o celular, a identidade e o relógio
É preciso saber roubar do breve instante a poesia que logo nos será sonegada, e entender que a vida é um prolongado poema, constantemente inacabado.
Quando te cheguei eu era cinza
e tu estavas toda machucada.
Lambi tuas feridas
de dia, de noite e nas madrugadas.
Agora que estás cicatrizada,
tornei-me teu nome,
abandonei meus cactos,
e vivo exalando o cheiro das rosas
desses tantos anos de casado
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