Lamento pela Morte de um Ente Querido
Preso as correntes da culpa...
Dementado pelos meus erros...
Eu devaneio pelo sabor dos teus beijos...
Sigo sentido uma dor distante...
Sigo em silêncio constante!
Migalhas de amor era o que eu vivia uma fantasia, migalhas, migalhas todos os dias me dava a sujeira que vivia em mordomia sem pudor e provavelmente sem alegria!
Eu sou fruto do acaso e das circunstâncias que Deus criou, que ele cria.
- resposta à minha pergunta
A gestação salienta as curvas mais belas do amor. O ventre que carrega o fruto dá forma à barriga mais perfeita de toda uma vida.
Se a alguns eu feri, foi porque me feriram primeiro, e disso eu não sinto nenhum pingo de remorso, sinto é pena.
OS INFORTÚNIOS DE AFONSO
Por Nemilson Vieira (*)
Eu o meu irmão mais velho e alguns amigos da primeira infância visitávamos o bananal do seu Afonso nas caçadas de passarinhos. Havia bananas maduras nos cachos, com furos por cima; já visitadas pelas aves. Pipira (sanhaço), currupião (sofreu), sabiá… Homem bom, de poucas posses, mas trabalhador e honrado… Numa certa altura da vida, Afonso desandou-se; deu um atrapalho na família: a mulher foi-se embora com outro e levou consigo os filhos. Com o tempo a sua casa do nada, pegou fogo com a plantação de bananas. Tudo que possuía tornou-se em cinzas; quase morreu de desgosto… Um amigo o convidou a uma caçada conhecida no nordeste por fachear; consiste em se fazer uma picada por baixo da mata e ficar a andar na mesma, num sentido e noutro, com uma lanterna e uma espingarda, o tempo que se fizer necessário; no intuito de abater a caça que tentar atravessar o caminho. Naquele dia deu errado… Terminaram o trabalho ainda cedo da tarde; o amigo de Afonso disse-o que o aguardasse um pouco, que iria dar algumas voltas por perto. A caçar algum bicho miúdo: um preá, um inhambu… Ao retornar, alguns metros de distância, algo fez um barulho por baixo de umas ramagens a sua frente; com a espingarda engatilhada na direção do bicho olhou mais um pouco e apertou o gatilho, Bam! Ai! — Gritou o Afonso em dores profundas. O amigo correu desesperado para ver e, confirmou ser o seu companheiro de caçada. Com bastantes perfurações de chumbo fino por todo o seu corpo; respiração ofegante, dificultada. No momento que fora alvejado Afonso firmava o cabo da sua faca que havia afrouxado. O amigo visualizou apenas o seu cotovelo em movimento e confundiu-se: achou ser uma cotia. Próximo à escuridão da noite começou o martírio do amigo do Afonso com ele nas costas a procurar uma ajuda. Um galo cantou ao longe de onde estavam… Era o sinal que precisava; marcou o rumo e foi-se. — Orientado pelo canto da ave chegou a um morador. Afonso perdera um pouco de sangue pelo caminho, com a agitação do corpo, aos balanços nos ombros do amigo. — Ainda vivia. O amigo contou com riqueza de detalhes tudo o que acontecera com os dois, ao morador. O homem depois de ouvi-lo… Indicou um remédio caseiro à vítima: um frango pisado no pilão com pena, tripas e tudo mais; do jeito que fosse pego no poleiro. Não carecia de sal; um pouco de água sim. Somente para chegar aos recursos médicos na cidade, lá entrariam com os cuidados e uma medicação coadjuvante ao tratamento. Com uma observação: não devia vomitá-lo caso contrário morreria. Afonso ainda consciente, por certo ouvia tudo em profundos gemidos. Consultado se topava beber o tal remédio naquelas circunstâncias, o aceitou. Depois do frango pisado o homem despejou aquela mistura numa caneca grande, mexeu e deu ao baleado a tomar. Afonso bebeu o frango pisado no maior sacrifício do mundo; com uma cara daquelas… A cada gole que dava fazia menção de jogar tudo para fora. Lembrava da orientação do homem e não o fazia. Missão cumprida, providenciaram uma rede para o traslado do paciente. Alguém para ajudar na condução do mesmo. Afonso não provocou vômitos e resistiu bem a viagem. O seu tratamento foi trabalhoso gastou-se um bom tempo para remover todos àqueles chumbos do seu corpo e a saúde voltar. Depois do caso passado até serviu de graça, se é que o Afonso contava que o pior de tudo não foi o tiro da cartucheira: foi o frango que bebeu. Com as recomendações de segura-lo no estômago para não morrer.
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário.
(27:02:18).
Fli e Lang
Às vezes, é com derrota que você aprende a vencer na vida! porque, só assim! você vai se tornar uma pessoa mais forte.
Quando você pensar em desistir, lembre-se! Deus está te guiando! e tem planos para você. Não desista!
O TEMPO EM VERTICAL
Vivo a vida em vertical
Galgo na escada do tempo
Firmado em cada degrau
Cada momento contemplo
Vivo o momento presente
A viver intensamente.
Ninguém consegue perdoar seu semelhante verdadeiramente e conservar os mesmos sentimentos de antes, a relação nunca mais voltará ser a mesma, será sempre pior. Porque o perdoador sempre se prevenirá da próxima ofensa, e o ofendido sempre se protegerá da vingança.
Conheço tuas dores
Eu sei todas as coisas, desde a folha que cai de uma árvore, como também a doença que assola a terra. Tudo está sob meu controle. Em tempos difíceis lembre-se que logo todas as suas dores e tristezas passarão. Eu Sou a esperança que não deixa você desistir. Eu Sou a cor que falta em seus dias cinzentos. Acredite, confie e descanse pois essa tempestade é passageira, logo virá a bonança. Por isso não esqueça, no momento certo todo choro se tornará em alegria, e então será derramado do meu alento sobre todos. Tudo tem um propósito!
CALOTES, O PAVOR DO COMERCIANTE
Por Nemilson Vieira (*)
As vendas a prazos eram registradas em cadernetas, cadernos, papel de pão…
Nenhuma garantia formal da dívida havia; somente a ‘palavra’ do freguês.
O meu pai, antigo comerciante na minha cidade, queimou alguns cadernos cheios dessas anotações, fora as discussões que aconteciam. Não tinha bons modos para cobrar e entrava em atritos com alguns fregueses inadimplentes na hora da cobrança.
Com o aparecimento do cartão de crédito e débito (o chamado dinheiro de plástico) os prejuízos com essa antiga modalidade de vendas reduziram bastante.
Alguns fregueses não pagam nem a luz para dormir; não honram os seus compromissos. Por aqui o Miguel Pedreiro não deixou um bom exemplo nesse sentido.
Por precaução o seu Dega, comerciante do Céu Azul, carregava a fama de não vender fiado. Talvez não fosse bem assim, algumas coisas saíam sem o devido pagamento à vista. Ninguém faz tanto malabarismo assim. Disse-me antes de se aposentar que nos seus trinta e sete anos de trabalho no ofício, no dinheiro de hoje, julga ter perdido, com os fiados, uns mil reais. — Não é sabido de alguém ter conseguido tamanho feito. Desse montante, talvez a maior parte do prejuízo fora dado por Miguel Pedreiro.
Ele já sabia da inflexibilidade do seu Dega, em não vender fiado. Por isso esperou a hora certa de dar o bote.
O comerciante iria à Ipatinga, dar uma demão ao irmão, numa disputa de um cargo eletivo naquela jurisdição.
Já dentro do veículo que o levaria a essa cidade, estacionado à porta do seu comércio, fora abordado por Miguel.
Queria uma unidade de cigarro e uma dose de cachaça, no dia seguinte pagaria-lhe, como sem falta.
A pressa é inimiga da perfeição. O Dega não desceu do carro; pediu a esposa Corina que o atendesse naquilo que lhe pediu. Ligaram a condução e partiram.
— O que o senhor deseja, seu Miguel?
— Bem… Vou pegar umas coisas com a senhora e conforme combinamos acertarei no regresso do seu Dega. Todos os dias Miguel estava lá a buscar mercadorias e dona Corina anotava tudo num caderno. O comerciante demorou vinte e três dias para voltar de Ipatinga. Aí o estrago já estava feito. Ao saber que havia sido passado para trás imagino que o velho empresário só não morreu porque não era chega a hora. Com bastante ódio procurou uma pedra de amolar para afiar uma faca que tinha; estava decidido a ensinar o Miguel a dar calotes nos outros. Possuía uma arma de fogo, mas aquele serviço iria fazer com a sua lâmina afiada; sabia muito bem trabalhar com ela, ia “furar os rins do infeliz.” — Disse. “Procurei a peste do homem por toda a redondeza durante quatro dias.” Não logrou êxito; só pensava coisas ruins.
Apareceu uma pessoa que mudou o rumo da história dos dois.
Nas suas andanças à procura do Miguel o seu Dega encontrou-se com um amigo num bar na Rua Elga Taveira.
Num suposto diálogo começa a conversa…
— Tô lhe vendo meio diferente ultimamente, Dega! — Estranho mesmo!
— Estou a procura de uma peste há quatro dias, para matar, mas não o achei.
Contou-lhe os motivos que o tirou do sério, e perguntou se o amigo viu o tal.
— Eu vi sim, mais cedo num caminhão de mudança por certo estava a se mudar.
Com aquela informação o amigo desviava o foco, o furor do seu Dega…
Miguel Pedreiro continuava a dar os seus calotes do mesmo jeito pela região.
Tempos depois, Dega encontrou-se com o dito cujo, o Miguel pelas ruas do bairro.
Aí a sua vontade de fazer o mal a ele já havia virado a esquina. — Ganhado devagar o mar do esquecimento.
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
(22:09:18)
Fli e Lang
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