Lamento pela Morte de um Ente Querido

O amigo é um segundo eu.

Uma árvore nua
aponta o céu. Numa ponta
brota um fruto. A lua?

Aqueles que nós definimos como os nossos dias mais belos não são mais do que um brilhante relâmpago numa noite de tempestade.

É mais vulgar ver um amor absoluto do que uma amizade perfeita.

Cada virtude apenas requer um homem; apenas a amizade requer dois.

A ponte é um pássaro
de certeiro vôo: sua sombra
perdura na lembrança.

Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta-lhes sentidos e aspectos mais ricos.

O amor é um poema essencialmente pessoal.

Em matérias e opiniões políticas os crimes de um tempo são algumas vezes virtudes em outro.

É preciso que um autor receba com igual modéstia os elogios e as críticas que se fazem às suas obras.

Um marido, como um governo, nunca deve confessar os seus erros.

Quem viu jamais um médico aproveitar a receita do colega sem lhe tirar ou acrescentar alguma coisa?

Como se há-de governar um país que tem 246 variedades de queijo?

Apenas um homem de gênio ou um intriguista se atrevem a dizer: «Fiz mal». O interesse e o talento são os únicos conselheiros conscienciosos e lúcidos.

O escravo apenas tem um senhor, o ambicioso tem tantos quantos lhe puderem ser úteis para vencer.

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

O homem não é apenas um ser que sabe, mas é também um ser que sabe que sabe.

O gosto de contentar um amigo é um demónio tentador.

A igualdade repugna de tal modo aos homens que o maior empenho de cada um é distinguir-se ou desigualar-se.

A natureza é um doce guia, mas não mais doce do que prudente e justa.