Lagrimas de uma Mulher

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A vida é uma historinha bonitinha, em que todo mundo morre no final.
Morre quem falou bem, morre também quem falou mal.
Por que ligar pra tudo isso, então?
O motivo que faz a diferença, mais do que muita gente pensa
É que a viagem não termina aqui, onde tudo está de passagem
O que diferencia tudo, na verdade
É que algumas pessoas viveram com dignidade
Outras não.

Inserida por edsonricardopaiva

Alguém está cantando uma canção
Não é pra mim
A menina bonita sorriu quando passou
Não foi pra mim
O telefone toca
Não é pra mim
O correio trouxe carta
Que também não é pra mim
Tem alguém estourando pipoca
Não é pra mim
O Sol brilha no Céu
Mas não por mim
Eu soube que você sente saudades
Não de mim
Na igreja o sino badala
Sem saber que eu existo
O coveiro esta cavando
A chuva cai
Nesse momento eu resisto
Este ser esquecido sai e se encharca
Enfim, se a chuva abarca a todos
Ela cai também pra mim

Inserida por edsonricardopaiva

"A Pobreza não é uma condição, é um Estado de Espírito. Algumas pessoas ficam mais pobres a cada real que ganham."

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Semana Passada.

Passei a semana sozinho
Da vida passada
Só, semana inteira
A podar uma roseira
Ela está viva
Só isso valeu-me uma vida
E viva a vida da roseira
Vivam as pétalas aveludadas
Onde corre viva a seiva
Mesmo assim
Não morre a morte viva
Porque ocorre a vida
Ela é sagrada
Folhas se vão
Cansadas da vida
Nada muda a lei
Caem ao chão, sob cortes
Dando um novo norte à vida
Que por toda semana esperei
Revivida, renovada
Vívida, aveludada
Quando a luz e o colorido
Ao olhar reluzente
Que apesar de tudo
Não percebe o tempo a correr diferente
Às gentes e as rosas
Fototropismos e fotografias
Morte e vida e luz no horizonte
Passei a semana inteira
Decorando a cor do pôr-do-sol
Enfeitando o chão do coração da rosa
Ouvindo a maneira
Silenciosa e alvissareira
Fecunda e auspiciosa
E fiz vir ao mundo
Outra rosa da velha mesma roseira
Tão vermelha quanto a branca luz
Que se parte em amarela e azul
Violetas da arte divina
Cristalina luz
De maneira que este mundo
Se fizesse, ao menos temporariamente, leve
Menos cinza e menos triste a olhar pra gente
Porque é breve a vida.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Uma tarde de fevereiro.

Agora, é como se eu sentisse
Que agora sei de tudo
e que aprendi
Como se fosse
De novo os doces velhos tempos
Que olhava em volta e me iludia
Alegria de infância
Ver a lua atrás das nuvens
Quando a luz do dia não permite ela brilhar
E era como alguém comum
A andar na rua
E que nunca lutou numa guerra
Mas que sempre se molhou na tempestade
E tinha a chave que abria a porta
Ela não abria
Andou descalça em algum momento
E que valsou sozinha, diante do espelho da vida
E que ficou vermelha, por vergonha de si mesma
Que era por ninguém saber
O tanto que ela sabia
E sabia consertar a cerca
E sabia misturar e misturava as cores
Que, em resumo, era esconder a dor
De andar sem rumo e sozinha
Numa estranha e triste solidão
Que, quem sente, sabe que ela existe
Repleta do saber
Que vem depois de tanto a dia amanhecer
Da lição não aprendida
Quando encontra uma pena de anjo
Depois de tanto ir lá
Sem rumo e em vão
E descobrir
Que lá não tinha nada
E que todas as flores secam
Mas nem sempre o espinho precisa ferir
Houvesse alguém pra te dizer
Se eu puder ajudar, me avisa
E te acompanhasse, sob o mesmo guarda-chuva
Regar junto pela vida afora, as mesmas flores
Cultivá-las é como à lição
De misturar a cor da lua à luz do dia
E ver dissipar-se o vapor que colore
O ar da cidade após a tempestade
Olhar o mundo da altura da lua
Só que, dessa vez
Enxergar a verdade
Sem precisar
Esconder-se... atrás da doce loucura
De dizer que o Sol foi lá no fim do dia.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Luz, poética leveza.

Um feixe de luz
Atravessa uma fresta
Fino raio de sol
Descortina fumaça
A poeira de giz
Uma festa bonita, suspensa
Partículas sem vida à vista
Muita coisa eu vi no mundo
Quase nada tanto assim
Poético, profundo
Ou então
Que leve a mente flutuar
Numa bolha de sabão
Fragrâncias, perfumes
Costumes de infância
Perdidos no tempo
Dizem mais
Que lembranças em palavras
Trazem leves alegrias
Coisas quais não vividas
Diferentes da infâmia
Que figuram na lista
Dessas coisas vãs que vi no mundo
Que levaram os leves dias
Penso
Chega a ser engraçado
Essa coisa que ficou perdida
Em algum triste lugar
Simplesmente elas, por serem
Leves e bonitas, coloridas, flutuantes
Tenho mesmo a impressão
Tê-las visto distantes
Mesmo antes de eu ouvir dizer, um dia
De existência das estrelas
Pode ser também que eu não tivesse
A malícia de enxergar-lhes diferenças
Tão feliz facilidade, na beleza de viver
Mas a gente se deixou levar
O mundo carregou toda delícia
E qualquer leveza que na alma havia.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Conselhos.

Ela existe
Sim, elas existem
Me lembro de uma velha tia
Que, de vez em quando, me dizia
Me dizia pra eu tomar cuidado
Dizia pra eu olhar pra dentro e não pros lados
Eu jamais dava atenção
Eram coisas sem sentido
Eu estava era atento ao barulho
As palavras dela eram ruídos
Mas, de vez em quando, eu percebia
Que seus olhos eram tristes
Hoje, após ter engolido todo orgulho
Penso que era tão bom
Quando ela dizia
Que as sombras que eu tanto temia, era só medo à tôa
As armadilhas do destino
São como coisas que estão à venda
Expostas à beira da estrada
Hoje, tudo faz sentido
Eu devia ter ouvido esses conselhos tolos
Se alguma sombra me causava medo
É que existia uma pequena luz
Que protegia a gente da completa escuridão
Hoje, ao olhar-me no espelho
Não vejo mais a sombra do meu velho orgulho
Prossigo com a boba alegria
Sorrir pra nuvens, dar bom dia a dia
Saber as coisas que a chuva traz
Ouvir meu silêncio em mim
E confiar em tudo que o tempo faz
Elas existem, sei que elas existem
E, se por acaso houver
Um pouco de tristeza em meu olhar
Vá dizer à minha tia assim:
Eu também aprendi
Esse bem pouco é
Tudo que a tristeza conseguiu de mim.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Folhas Vivas.

Eu morava em frente
Uma árvore, enquanto ela crescia
Não sei como ela nasceu
Se mãos ou natureza
Simplesmente estava ali
E tinha uma criança
Que tirava folhas e depois me dava
Qual fosse o seu presente pra eu guardar
A árvore crescia
E tinha uma criança
Que, qual flor, desabrochava
As folhas ressecavam
Tanto aquelas, que permaneciam
Quanto aquelas, que a criança
Com sorriso e cortesia
Me ofertava, rindo de alegria
Sem saber que o tempo é indiferente
Às folhas e à gente.
A árvore cresceu
A criança, um dia se esqueceu de me dar folhas
Outras folhas renasceram, ressecaram
Num ciclo interminável
As folhas arrancadas que guardei
Hoje achei-as
Mortas, ressequidas
Mas à árvore, elas não dizem nada
À criança, não significam nada
Ao tempo não são nada
Só pra mim são belezas guardadas
Tudo volta a vida
Tudo morre um pouco, todo dia
Em quem mais morreu fui eu.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠A flor.

Ficava ali, no chão do caminho
E todo dia eu passava por ela
Era apenas uma flor, sem cor definida
Entre outras tantas
Não sei dizer quantas
Pode ser, fossem centenas
E eu também era criança, igual a ela
Entre outras muitas, iguais a mim
Num mundo de tantas coisas sempre iguais
A simplicidade as faz diferentes
Não sei por quê
Meus olhos se acostumaram
Olhar pra ela, exatamente
Passado o tempo, é como estar ciente
De quanto a fantasia não se distancia do concreto
De fato, não tinhamos procurado
O ângulo correto para olhar
Mas tudo tem seu lugar
Precisamos encontrar o nosso:
Em muitos casos, que não seja perto
Creio que em tudo na vida
A gente continua sendo sempre assim
Uma casa com jardim, numa grande avenida
Um momento que parece assim; desimportante
Que se repete momentaneamente
Ao longo de toda uma jornada
Que, ao final, se tornará também desconhecida
Uma simples coisa, entre outras tantas
Algum caminho do passado
Onde ninguém jamais voltou
Nem voltará
Nenhum agosto e nem setembro serão eternos
Hoje, olhando esses momentos à distância
Compreendo perene, a inconstância
Mas, alguma coisa permanece
Ali, parada no chão do caminho
Como simples lembrança
A ser replantada, com o carinho da imaginação
Talvez, tornar de alguma forma
Um tantinho assim, mais leve
O caminho, a jornada
Que, ao final terá sido
Breve como flor.
Pode ser que o Criador
Com o amor de quem se recorda, nos replante
Num jardim gigante, onde seja permitido
A criança sair da fila, a caminho da sala de aula
E sentar-se à borda do jardim, pra dizer àquela flor
Que, pra mim, ela era importante
e seria pra sempre lembrada.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Belas horas.

Água de chuva
Parede, pintura nova
Uma ida à janela
Um olhar à rua
As mágoas da vida
Quão belas
eram aquelas manhãs de outros dias
O mundo existia
Aqui, dentro da gente
A julgar pelo olhar a rua
Nada ficou diferente
Por mais que a beleza iluda
Nada ilude eternamente
O que muda é uma coisa que existe
O badalar mais triste
de um ponteiro que acelera
Belas eram aquelas
Horas que passavam todas inteiras
iguais
A parede, a pintura
Alguma coisa pura que existia
e que era mais
Traduzia aquilo que a visão
da água da chuva que caia
Enquanto passava o avião
Um gosto, um sorriso
O linho da mesa posta
A comida do almoço
A vida
Belas eram aquelas
Risadas que compartilhamos
Das horas que não passam mais
Sem que haja um badalar que insiste
em dizer alguma coisa que eu não compreendo
Sim, isso acontece
A chuva às vezes cai ainda
e continua linda
Mas me traz uma mensagem diferente
Quando ela desce
E as imagens que vão surgindo
Não são mais tão belas
Não quanto foram aquelas
Uma ida à janela, outro olhar à rua
E cerrar as cortinas
Outro dia termina pra mim.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Escolhas.

Quando surge outro caminho
Quando finalmente alguém
Encontra uma saída
Uma trilha, uma senda, uma via que envereda
Aparece sempre outra estrada
Essa, indiferente, estava ali, presente
Apesar de ser uma queda
Talvez, por isso, jamais urgente
Mas, agora que existe opção
Ela parece atraente.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Um pouco mais distante.

Era uma vez um cara
Que viveu num tempo
Um pouco mais distante
E saiu de casa de manhã
Em busca de uma longa espera
Na ânsia, como a conhecemos
Confundindo lágrimas com pérolas
Enxergou como pérolas grandes
As coisas simples e pequenas
Na inexperiência
de quem não se afasta,
Nem guarda a devida distância
Mas ele era apenas um cara
Que viveu num tempo diferente
E saiu pra colher diamantes num campo florido
Se soubesse, que depois do sol à pino
Perderia o rumo (no silêncio há sombras que se arrastam)
Inebriado, pelo falso colorido do desconhecido
Não tivesse ido tão longe
Escolhesse outro destino
Recolheu migalhas, como os próprios pássaros
Que apagaram o rastro na floresta
Só que agora ele não era mais
apenas mais um cara
Que viveu num tempo um pouco mais distante
Era alguém que estava perdido
Tão perdido como todo tolo
Que pensava saber onde estava
Iludido por pensar saber quem era
Perdido desde o dia
Que saiu de casa em busca de uma longa espera
O mundo não era assim
Porém, tinha se tornado, ao fim
Pra alegrar os olhos
de todo aquele que se vê perdido
E que, a partir de agora
Pra sempre ele estaria assim.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Vida Flor.

A vida é o dia de uma flor
Quando a chuva aproveita
Bota as pétalas de lado, assim
Se espelhando numa poça rasa
Detalhando os seus tim-tins
Orgulhosa da própria beleza
Ajeita luz do sol
Renovando a folia
Acredita, enquanto há tempo
Tempo é tudo quanto mais havia
Quando o tempo de já não mais crer vier
Ele vem, crer ela não quer...aceita
Bota espinhos, tenta defendê-la
Tristes mãos que, porventura, recolhê-la
Assim, como um sol que renasce
E que jamais se opõe
Ao orvalho das trevas
Escolhe uma melhor lembrança e a leva
Molha-te por molhar-se
Escolhe um ramalhete pra passar teus dias
Que, por ora, ornamenta e tenta e tenta
Tanto tenta que, quando desiste
Já não sente assim, tanta tristeza
Tenta, mas aprende a desistir também
Nem jamais te arrependa de nada
Desaprenda o sorrir
Mesmo assim, depois, aprende
Rir-se de si mesma.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Meu coração é uma casa,
uma caixinha, uma praça
Meu coração é um lugar
aonde ponho aquilo
Que tenho de valioso
Mantenho as portas abertas
aonde entram
quem me deixa entrar também
Mesmo assim
Muita gente entra sem pedir
e fica
Mesmo quando pensa
não estar mais lá
Nem nunca ter estado aqui
Eu tento pintá-lo
novamente sempre
Com as cores que encontrar
Tem uns passarinhos voando ali
São aqueles que o Eu menino matou
Eu os deixo lá, esperando o perdão
Tem gente que ofendi
Tem também quem me ofendeu
Há aqueles que não me perdoam
Estão todos aqui...no coração.
Quem prestar atenção
Verá um cachorrinho branco e preto
foi o unico que tive
em toda esta vida egoísta
hoje ele brinca
com um gato que tem aqui em casa
Aqui o Céu nem sempre é azul
Mas a culpa é minha
e não de quem está nele
Tem buracos nas paredes
muitos
Feitos por quem
eu menos esperava
mesmo assim ainda voa
viaja, flutua, passeia
E leva todos juntos
Mesmo quem pensa nem estar lá
Isso é segredo
Tem nuvens e sempre chove
Mas só chove no escuro
aonde choro e ninguém vê
Não é um coração rico
Mas é sincero e verdadeiro
E vocês estão todos aqui
Quem pediu para sair
eu deixei
Partiram e ficaram
ficaram sem perceber
Apesar dos anos passados
e do aparente desgaste físico
é ainda um coração de criança
aonde estão presentes
aqueles que me esqueceram
Mas que eu guardo na lembrança

Inserida por edsonricardopaiva

Quanto mais, em minha vida
Eu procurei descobrir
O valor, o sentido e também
Uma forma de viver sob a Luz
Tanto mais eu descobri
Que não decido meu destino
Há uma força maior
Muito superior a mim e a tudo
E então, simplesmente me leva
Me serve de escudo
Me afasta das trevas
Mas me fez viver a vida toda
sob a cruz
Cruzou meu destino
Com pessoas
A quem eu não queria conhecer
Fez-me cruzar
Com projéteis ogivais
de ponta em cruz
Levou-me a cruzamentos
sem saída
apenas para ver me decidir
e conduzir-me novamente
a caminho de outra cruz
A Cruz que carreguei
Se chama vida
Lugar de pouca Luz
Se fui feliz
Este não era meu destino
Não nesta vida
Aonde já se encontrava
escrita e decidida
Espero ao menos
Que algo tenha valido
Nesta escura busca
Aonde me parece
Ter sido apenas eu
A entender o sentido
da Cruz que Deus me deu.

Inserida por edsonricardopaiva

Faz alguns anos
Que, com a ajuda de Deus
Tornei minh'alma
Uma peneira de tristeza
Os fracassos me atingem
Qual a todos no Mundo afligem
Talvez estivesse nos planos
De quem transformou-me em brinquedo
Excetuando-se os grandes, então
Dos pequenos fracassos
Esvaiu-se todo medo
Passando pelas mãos
Que acompanham-me a alma
Vou transformando
Em palavras de calma
Todo mal que me alcança
Já não faz tanto mal
Não faz não
Eu os uso
Como pura inspiração
Sublimando assim
aquilo que eu não queria
Eu transformo em poemas
Alguns de meus problemas
A ausência de alegria
Transformei em poesia
E como eles vêm
Todo dia
As coisas iníquas
Se tornam profíquas
No dia em que não tem
E dá vontade de escrever
Eu busco então as longinquas
que um dia foram mágoa
E então elas deságuam
Num pedaço de papel
De acordo com a inspiração
Que um dia me veio do Céu.

Inserida por edsonricardopaiva

Desejo uma boa semana
A todos os meus amigos
E Espero sinceramente
Que encarem com alegria
O nascer de mais um dia
E se esqueçam dessa mania
De querer que ele passe depressa
A gente só vive uma vida
Pra que vivê-la nutrindo
Esse lado contrariado
Me lembro que em meu passado
Em pisava uma trilha de barro
Pra chegar à condução
Hoje vejo gente reclamando
Da infindável distância
Que é o trajeto pavimentado
Que o leva até o carro
Quinta-Feira não tem mais nome
Hoje é véspera de sexta
Quem mata o tempo
É suicida
Que se engana pensando que a vida
É apenas um resumo
Daquela alegria besta
De beber e enxergar as coisas
Saindo fora do Prumo
O maior presente de Deus
É a vida em plenitude
Pra vivê-la plenamente
O segredo está na mente
E na mudança de atitude
O maior Talismã de sorte
Capaz de mudar sua vida
Se chama "dia atual"
Enquanto não encontrá-lo
Haverás de achar que a vida
É um mal
Haverás de compreender
Que o tempo não retrocede
Não queira que o tempo vôe
Cuidado com as coisas que pede
Um dia a chuva de saudade
Molha o chão de seu coração
E o tempo passado inunda
Aproveita bem teu dia
Te desejo uma boa Segunda

Inserida por edsonricardopaiva

Eu preciso ir buscar uma planta
Que alguns até chamam de flor
Entre tantas outras existentes
Sei que é esta e somente esta
Que agradará o meu amor
Vai fazê-la me olhar com carinho
E querer ficar perto de mim
E gostar de mim pra sempre
Como um dia prometeu
E apesar de eu gostar muito dela
Esqueceu-se quem sou eu
Porém, esta planta delicada
Chama-se dente-de-leão
Quando aberta o vento a carrega
E a espalha pra Terra do Adeus
Mas ela ainda está em botão
Isso me dá algum tempo, então
E eu preciso chegar até ela
Caminhando devagar
Sentindo paz no coração
Eu sei que acabou de brotar
Num lugar inquietante
Um pouco mais longe de além
Mais além do ponto mais distante
Que eu posso enxergar
Quando eu olho do Mirante
Esta flor está lá me esperando
Sei que eu vou chegar lá
Não sei quando
Tenho pressa, pois sei que nasceu
Lá na Terra dos ventos uivantes
E peço ao vento por favor
Tenha calma, me espera chegar
Não carregue este presente
Que eu agora estou indo buscar
Pra ofertar ao meu amor.

Inserida por edsonricardopaiva

Sob a cor da longa escuridão
ao som que emana do vento
e que hoje é somente uma brisa
no calor desta noite indecisa
ao lado a tristeza e a solidão
ou insõnia ou sono sem sonhos
Sonhos; histórias sem fim
no momento, só eu penso em mim
nesta noite, que nada eterniza
em que ouvir-me
ninguém mais precisa.

Inserida por edsonricardopaiva

Ontem, antes de me deitar
fiz uma prece para Deus
mas não foi uma prece qualquer
essa me veio do coração
sentida e acalorada
pedia apenas um sonho bom
Então eu dormi e sonhei
mas não foi um sonho qualquer
estive num lugar bom
onde brilhava um Sol bem bonito
mas não era um Sol qualquer
era um Sol que eu podia olhar
um que não brilha neste lugar
iluminando resplandecente
rua, pássaros...árvores
mas não eram árvores quaisquer
estas davam frutos que aqui não há
quando caiam, faziam crescer a grama
e não era uma grama qualquer
era uma grama que eu nunca vi
frondosa, vistosa, macia
sua textura eu pude sentir
mas o melhor estava para vir
algo me fez voar
mas não foi um voo qualquer
eu voava bem perto do céu
e lá em baixo eu via a cidade
mas não era uma cidade qualquer
era um lugar onde as pessoas
estavam interessadas
em ser boas sem interesses
aqui não há um lugar desses
então eu encontrei um anjo
mas não era um anjo qualquer
era você.

Inserida por edsonricardopaiva