Jesus Cura as minhas Dores
Precisamos de uma pessoa que pense como os criminosos, que seja meio inconsequente e que não tenha medo de burlar as regras.
Não importa onde você esteja, tudo o que precisa fazer é procurar a Estrela do Norte e você nunca estará sozinha. Porque, onde quer que eu esteja, também estarei olhando para ela.
Falamos, falamos, falamos. E mesmo assim faltou dizer tanta coisa. E escutar também. Ela nunca disse que me amava. Jamais ouvi de seus lindos lábios a sentença que pronunciei
algumas vezes.
O professor Benjamim Schianberg, o homem que dizia ocupar-se das “fezes da alma”, escreveu que nos alimentamos tanto do bem quanto do mórbido. No meio disso, ele assunta,
existe a poesia.
“Uma reserva de sonho contra tudo o que não é doce, sutil ou sereno. É o mais próximo da felicidade que podemos experimentar, sustenta Schianberg. Não sei que nome você daria a isso. Bem, não importa muito, chame do que quiser. Eu chamo de amor.”
“Queremos o que não podemos ter, diz o professor Schianberg, o mais obscuro dos filósofos do amor. É normal, saudável. O que diferencia uma pessoa de outra, ele acrescenta, é o quanto cada um quer o que não pode ter. Nossa ração de poeira das estrelas.”
Como é difícil viver. [...] Como tudo é complicado, torto, torturado, como às arvores e secas e mortas.
Todas as pessoas têm algo que prezam, algo que nunca querem perder. É por isso que elas fingem. É por isso que elas escondem a verdade. E é por isso que elas mentem.
Eu não acho que a ignorância é, necessariamente, uma coisa má. Quanto mais você sabe, mais problemas você tem.
As probabilidades apontam para o perigo de ver o amor como uma dependência que nem cantam àquelas músicas sertanejas, quem faz isso sempre se machuca por esperar demais.
É mais ou menos assim: você tem um ponto fraco. Ou vários. E, geralmente, esse é seu ponto mais forte também. É onde você se agarra, é o que te deixa de pé. E porque é seu ponto forte, vira seu ponto fraco. É um amigo, é uma presença, uma música, um cheiro, pode até ser uma saudade. Ás vezes é uma vontade. E quando pegam ali no seu ponto fraco é que você descobre o quão forte ele é. É naquele mau humor rotineiro, naquela confuzãozinha pequena que você transforma num drama mexicano que fica claro que aquele ponto não é nada fraco. E que se ficar fraco um dia você vai teimar em deixar forte, afinal, é o que te deixa em pé ou não é?
Em meio a tudo isso, e a despeito de tudo isso, Eddie adorava o pai, porque os filhos adoram seus pais, independentemente do mal que eles lhes possam causar. É assim que aprendem a devoção. Antes de se devotar a Deus ou a uma mulher, um menino se devotará ao seu pai, por mais insensato e inexplicável que isto possa ser.
- Que você morreu? - disse a velha senhora, sorrindo. - Faleceu? Partiu? Foi falar com Deus?
- Morri - ele disse, suspirando. - E isso é tudo o que eu lembro. Depois a senhora, os outros, tudo isso. A gente não devia ter paz quando morre?
- Temos paz - disse a mulher - quando estamos em paz com nós mesmos.
As pessoas dizem que "encontram" o amor, como se o amor fosse um objeto escondido atrás de uma pedra. Mas o amor assume muitas formas, e nunca é o mesmo para cada homem e cada mulher. O que as pessoas encontram, então, é um certo tipo de amor. E Eddie achou um certo tipo de amor com Marguerite, um amor agradecido, um amor profundo apesar de silencioso, o amor que ele conhecia, acima de tudo, insubstituível. Depois que ela se foi, seus dias perderam o viço. Ele fez seu coração adormecer...
E nesta fila um velho de suíças, com um boné de pano e um nariz adunco, esperava, num lugar chamado Concha Acústica Chão de Estrelas, para partilhar a sua parte do segredo do céu: que cada vida afeta a outra, e a outra afeta a seguinte, e que o mundo está cheio de histórias, mas todas as histórias são uma só.
