Jesus Cura as minhas Dores
Aquela tarde eu estava fugindo do mundo, com meus fones e minhas musicas, nada eu via, até em mim você tropeçar. Levantei tão rápido e toda vermelha, lhe pedi desculpas, e quando me olhou ficamos por minutos ali parados, olhos fixados sem nem uma palavra, quando me dei conta sai correndo. Somente escutei seu berro perguntando meu nome, e eu nem para trás olhei. Se passaram meses e você não saia de minha cabeça, seus olhos azuis, seus cabelos loiros. seus traços, não, não saiam de minha mente. Coloquei em minha cabeça que iria te esquecer, passei a ocupar minha mente e pensamentos com outras coisas, estudava dia e noite, saia com as amigas nos tempos vagos e ia me divertir, o trabalho me ajudava bastante também, não era nada fácil fazer estágio de advocacia. Cinco anos se passaram, e tudo que eu sonhava ser na vida eu consegui, fiz faculdade em Harvard, comecei a pegar os melhores casos da justiça, e por mais que o tempo passasse você permanecia em mim. Quando ganhei minhas férias algo me dizia para então ir viajar, fiz as malas e peguei o primeiro avião que sairá naquele momento, sem destino, sem rumo, somente seguindo meu coração, e então decolamos. Ao meu lado havia um homem alto, de olhos azuis, lendo um livro de Thomas Mann, meu escritor favorito, um livro que eu teria perdido a anos atras, quando o garoto tropeçou em mim, então deitei-me e dormi um pouco. Em meus sonhos revi todo aquele momento e então assustada eu acordei e o olhei, e ele fez o mesmo, era o mesmo olhar, a mesma boca, o mesmo cabelo, o mesmo nariz, era ele, travei, não sabia o que dizer, até ele falar algo. Até ele me dizer que me procurou por anos, até me dizer que ficou louco, apaixonado, e que nunca teria esquecido de mim, de quantas vezes leu meu livro para se sentir mais perto de mim. Aquele friozinho que senti ao ouvir cada palavra, cada gesto me aproximava cada vez mais dele, e então eu o beijei, e entre uma pequena pausa do beijo com um sorriso ele diz: Fernando prazer.
Naquele mesmo ano nos casamos e passamos a viver felizes, passado uns 5 meses, os primeiros sinais de uma gravidez, a felicidade era tanta que nem cabia mais em nós, cada sonho planejado ali sendo realizado. No quinto mês de gestação Fernando começou a ficar doente, depois de muitos exames foi descoberto câncer em seu cérebro, na qual já havia avançado bastante. Entre tratamentos ele fingia estar tudo bem para eu não me abalar e acabar prejudicando o bebê. Então os meses passaram e a luta para vencer um câncer e a ansiedade da espera de nossa filha eram grandes.
Depois de um dia cansativo as contrações começaram, entre as dores cabia um sorriso em nosso rosto, a tão esperada Emily estava vindo para nossos braços, e então Fernando me colocou no carro e fomos ao hospital, cada vez mais as contrações aumentavam. Chegando me levaram para o quarto, nunca vi tanta enfermeira juntas rs, e então Fernando ficou ao meu lado, segurou a minha mão e em nem um momento a soltou.. E então o parto começou, e depois de fazer muita força nossa filha nasceu, ouvir o choro dela, ver o rostinho dela foi um sonho realizado, Fernando e eu entre sorrisos bobos chorava - mos de felicidade.
Fernando então colocou Emily novamente em meu colo, e então caiu no chão, eu gritava chamando por ele, e nada, ele não acordava ele não reagia, as enfermeiras tentavam acorda-lo, e então implorei para chamar um médico pois ele estava muito doente. O médico então veio correndo até o quarto e o levaram em uma maca, expliquei a ele sobre a doença o mais rápido possível e então levaram direto a sala de cirurgia, ao entrar na sala cirúrgica ele não resistiu.
Depois que sai do hospital com a Emily foram os dias mais difícil de minha vida, mas aprendi a guardar em minha memória toda a nossa felicidade, nossas lutas e ter a certeza que fomos felizes.
Gotas de inspiração
Abro minhas mãos para o mundo
Ofertando um feixe de luz.
As gotas da última chuva,
Incidindo sobre as palmas
Destas mãos em oferta,
Descerram pequenino arco-íris
Que, num arco sobre o mundo
Colore as paletas dos artistas.
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
O cerne e o rosto
Velho rosto
Vetusto cerne;
Há em ambos
Linhas do tempo.
Na vida vegetativa
O tempo sulca a inconsciência;
Na vida humana
Sulca o tempo a consciência.
Em cada face
As linhas contam anos:
No cerne resplandece a Terra;
No rosto resplandece Deus!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
Revelação
Quis um dia palpar nuvens
Represar lágrimas do céu
Prender raios de sol;
As nuvens se desfizeram
As lágrimas o chão secou
Os raios a noite levou.
Quis um dia cantar a liberdade
Ensaiar o bailado dos pássaros
Voar o voo do condor;
A liberdade bailou com os pássaros
O condor voou com as nuvens.
Quis um dia sonhar com Deus;
Acordei e vi somente o homem,
Mas, vendo apenas o homem,
Vi também a mão de Deus!
COSTA, Sergio Diniz da. Etéreas: meus devaneios poéticos. Sorocaba/SP: Crearte Editora, 2012.
ESTRADAS
Sou viajante peregrino
Em terra de todos
E de ninguém;
Viandante do pó
Andarilho da esperança
Caminheiro das estradas
Buscando...
Ao acalento do sol
Ao frescor das chuvas
Ao canto da natureza
Caminho entre hinos da vida.
Romeiro dos templos humanos
Contemplo maravilhas
E misérias,
Na confusa amálgama
Dos pensamentos.
As estradas as conquisto
Com minhas pegadas ocres.
Deixo em cada curva
Pedaços de histórias:
Planto cruzes
Colho dúvidas
Recolho restos
Junto fragmentos.
Sou viajante peregrino
Apoiado no bastão
De minha vivência.
Andante solitário,
Buscando...
Não costumo colocar minhas mãos no fogo por alguém, eu mesmo já estou em chamas. É preciso significar muito para que eu faça isso.
Sempre Levo Deus em Minhas viajens,Pois si um Dia eu não voutar è pq chegou a Vez delle min levar em suas viagens...
Orar,esperar e confiar, estas são as minhas prioridades
de todos os dias, é o que me faz ficar de pé diante
das adversidades, é o que alimenta a minha fé em Deus
e me faz continuar mesmo que tudo pareça não ter
mais jeito. É através da oração que eu me coloco na dependência do Senhor, é pelas esperas que me refaço, que aprendo, que cresço é e pela minha total confiança nEle que descanso o meu coração
Finalmente consegui dormir. Algumas horas da prazerosa fuga da realidade antes de encarar minhas duvidas de novo: Quem sou Eu e de onde venho?
Amo quem me rouba as palavras, provando que as minhas convicções eram apenas certezas que não haviam sido comprovadas.
Parei e decidi. Aceitei às minhas imperfeições no mesmo momento em que aceitei as responsabilidades de corrigi-las ou convivê-las com alegria e determinação. No mais breve momento, que olhei para o meu íntimo, que pouco se limitava às paredes do meu corpo, encontrei as raízes que me ligavam à um solo fértil de força, amor e compaixão. Que me remontava à percepção de unidade do planeta num formato de laço cintilante, ligando desde a menor partícula existencial até os planos mais densos da minha concepção. E assim foi: vibrante num único pulso cósmico, divino e iluminado em direção ao universo, saindo rapidamente do nosso planeta e se expandindo ininterruptamente em grau incompreensível, porém, em constante evolução.. E ai que percebi. Que de tanto andar e procurar, um dia eu tinha me cansado. E no mais breve suspiro que tudo isso aconteceu, eu o tinha reencontrado. Com Deus. Que te abraça no seu mais íntimo, ingênuo e incondicional amor, por você mesmo, para você mesmo. Que se alegra em fazer você não esquecer que o amor pelo nosso Eu, é uma das formas mais simplórias de o reencontrar, sempre que desejar. E assim, vivi a minha rota, naquele momento segui o meu caminho. Talvez cada um de nós tenhamos a nosso rota, o nosso atalho para reencontrá-lo. Talvez um caminho somente nosso, mas sempre chegamos por fim, ao mesmo destino.
A RESPOSTA DE UMA ORAÇÃO
Sozinho com o meu reflexo é onde eu estou? Minhas palavras quando oro retornam do espelho da vida, isso é apenas uma reflexão. Não importa que imagem transmita, minha boca seca de angústia só por ouvir cair no chão cada palavra da minha oração.
Sento-me sozinho no escuro, ninguém me vê. Consome de uma vez a minha alma nas chamas de fogo dos Teus olhos ó Senhor Meu.
Levanto para ti ó Pai a minha voz e confesso que perdoar. Aferro e amargura - com certeza é uma pílula difícil de engolir. Mostra-me que é o meu remédio. Diga-me o pai - que era para me ensinar, lhe imploro diga-me que é para me ensinar.
Eu nunca quis ser nada parecido com o que você preparou para mim. Contudo Seduzido por atos pecaminosos - eu esqueci que o reflexo do espelho da vida, já era a resposta da minha oração. Sim eu vi a tua imagem e semelhança e foi isso que ouvi cair no chão, era eu de joelhos quando me joguei. Pois sou a tua criação. Eu sei que você está me olhando. Assim como sei que é pela tua misericórdia que evita que as chamas de teus olhos me livram da consumição.
Senhor porque eu o escolhido? Para que fui chamado? Eu sei Pai meu que tua é infinita a sabedoria, mas me intriga o que tu podes buscar teu tudo em mim. Sou falho e Tu és pleno. Sou pecador e tu és Santo. Eu sou o próprio lamento e tu a própria consolação. Senhor, por que é isso? 'Eu chorei tremendo por que me queres para te servir, se nem presto para ouvir. Pois se eu soubesse escutar, não estaria aqui orando ou talvez é isso queres que eu aprenda. Mas preciso ouvir para então o Teu Nome Proclamar.
Eu perguntei ao Senhor, para que eu possa crescer na fé, e no amor, e toda a graça; Pode mais da Sua salvação saber que apesar de tudo isso em mim ser falho. Só prova- me então que teu é o caminho da salvação. Quero aprender buscar mais intensamente as respostas para alcançar o teu reino. Buscava respostas e em vez disso, Ele me fez sentir os males ocultos do meu coração; com Sua própria mão Parecia a sua Intenção para agravar a minha aflição; Atravessado todos os projetos justos que para mim Ele planejou, pude então perceber que não era apenas eu que fala com Deus na oração, mas sim toda a humanidade que no reflexo do espelho todo nós refletíamos a sua imagem. E foi assim que ele me respondeu dando a mim essa mensagem.
LEMBRANÇA QUE NÃO PERCO
Nos recônditos de minhas lembranças, vive a mais amarga esperança de reconquistar tudo que já perdi. -Amarga: porque o que me aterroriza é o velho provérbio popular que diz “que só damos valor as coisa quando as perdemos” - aterroriza porque já havia sentido o quão verdadeiro era este tal dito, mas apesar disto, dele nada tinha aprendido.
Sinto me arrependido não por todas as perdas, exceto aquela que faz sentir a maior das dores que me aflige. A de não ter reconhecido o amor quando este Amim se apresentou na forma mais bela da figura singela da mulher que não dei valor.
Eu que já perdi uma fração da vida - quando ela por si própria de mim retira uma liberdade que mal aproveite. Um acidente que do qual me prende dentro de um universo diferente que percebo pelos olhos que me vêem.
Entre os mal afortunados, fui privilegiado e nem assim ao dinheiro dei valor. Hoje eu saboreio os desgostos de meus devaneios, mas nem por isso sinto a dor.
Da vida não espero um milagre, de mim não espero o sucesso, mas de Deus uma coisa lhe peço – que eu tenha a chance novamente de reconhecer os seus presente, para jamais os perder. Tendo assim a oportunidade de oferecer aquele amor que deixei de receber daquela que pude me igualar pelo brilho do olhar.
Contudo, a vida continuo. Minhas retinas observam um mundo que me envolve na opacidade da tristeza e assim não enxergo com clareza a vida e suas belezas.
Tal amargura essa minha que penso ser cruel de mais a vida que apesar de ter perdido tudo, minha memória se mantém distintas e por isso me alucina.
De verdade, queria por demais ver na vida toda a alegria. De minha memória algo de se orgulhar, mas tudo se ofusca por ainda estar perdido num passado já esquecido por aqueles que disso não querem mais lembrar.
Esmeralda
Minhas lembranças desbotam com o tempo, elas murcham e morrem como meras rosas no jardim. Mas a esperança não, ela ascende e se expande como a reluzente luz do crepúsculo, cegando todos aqueles que ousam contemplá-la. É um sino que não cessa de soprar, mesmo quando todos já estão surdos e mal podem respirar.
E embora as minhas memórias estejam perdidas no inesgotável alfabeto de Hipnos, jamais serei capaz de arrancá-las, pois uma vez sendo morada do coração, a ternura torna-se um hospedeiro eterno, tal qual céu e estrelas, chuvas e trovões, relâmpagos e clarões, desejos e sensações.
E nada hei de fazer para esquecer a beleza do imaculado quadro da aurora , cujas letras escarlates e esverdeadas fizeram os anjos silenciar e os montes e ventos perderem seu etéreo resplendor, como um culto épico e soberano a beleza materializada em forma de uma simples mulher: a fada esmeralda dos sagrados vales do amanhã.
Já tentei lançar minhas decepções contra o vento, mas elas sempre voltam… Possuem asas, brotam do nada ou se arrastam pelo chão da alma como bem entendem.
Não me prendo a ninguém. Ando com minhas próprias pernas. Tracei metas e sigui caminhos que construí ao longo de minha trajetória de vida. Meu esforço foi recompensado. Hoje tenho uma carreira profissional. Esse sim tem sido meu alicerce.
Antes de fazer críticas à meu respeito procure saber as minhas lutas, só assim entenderás o meu dilema.
A coragem da tristeza golpeia minhas escolhas e jorra um ciclo de dor dentro de mim. O orgulho torna-se inquestionável quando a raiva flui do coração. Há um mundo de luto que conserva o silêncio da vida e paralisa o vórtice da ignorância. Convicção inabalável que despenca sobre o rio do tempo e ecoa até a dádiva da culpa. Lacunas de solidão que ocultam rostos e nomes e forjam o inverno da alma. Manhã fria que me aquece em seus braços e empunha o segredo dos sonhos. Vergonha do passado que despedaça as paredes da confiança e condena o reflexo da vida. Vazio que preenche o sussurro do vento e envenena o sangue corrente nas veias. Inteligência que jaz ao gosto de mentiras e transfigura o inexorável poder âmago do tempo.
Penso com certo receio que minhas palavras são incompletas. Vou fazendo de conta que tudo está em ordem - meu quarto, minha vida amorosa, meus pensamentos. Mas que engano, meu coração deve ter uns mil anos de idade, uma pedra, um imã que atrai com fascínio pessoas indecisas. Sinto como se estivesse de mãos atadas, tentando assistir quarenta e quatro canais ao mesmo tempo. A luta e a confusão me encurralam. Não há como se esconder. Não há como ignorar.
É inviável jogar as pedras e a ironia sobre as minhas costas, talvez elas rolem e te acertem no meio do caminho.
Desprendido, isso que eu penso sobre transformar algo ruim em apenas uma memória. Minhas preocupações não são mais as mesmas, estão seladas numa sepultura que resiste à anos sozinha perante a rejeição, a mentira e os julgamentos. Solidão incompleta, humanos abstratos, pessoas que pensam semear vento em uma tempestade para conquistarem o que mais precisam. Companhia. Um vulto de ar seco que se desfaz perante o último grito de ajuda. Todos partem e todos quebram, essa é a triste realidade. Acostume-se com isso, obter conforto com o aborrecimento, com o que se foi, tornou-se pálido ou virou pó em meio ao nada. É a vida me dizendo para prosseguir, sem ter motivos para recuar. Existe fé suficiente para sair do poço da ilusão escalando até o último degrau de agonia. Até mesmo as pancadas diárias da vida sentem a força com que batem, e apanham. Palavras possuem atitudes, mas quem disse que toda atitude dura para sempre? É o engano, o deplorável, o lado ridículo que todos tentam ocultar. Atitudes também são carregadas pelo vento num passe de mágica, simples assim. Nunca acreditei em mágica, aliás, nunca gostei de nada que faça meus olhos brilharem e depois desapareça sem entendimento algum.
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