Ja Gostei de Vc mais Hj Nao Gosto mais

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⁠Se não fosse o que os outros dizem de mim, eu nunca saberia o que sou.
Juiz de mim próprio, nunca. Poderia correr o risco de ser parcial.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠ALMA SECA

Que interessa eu dizer
E ao mundo revelar,
Mostrar
O que me vai na alma,
Se não é isso que acalma
A minha sede de viver?

Se eu confessasse o que sinto,
Mesmo na pura verdade,
Dir-me-iam por bondade,
Ou por maldade -
Que minto!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 06-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠A poesia não sacia a fome de estômago, mas alimenta a alma e o espírito
àqueles que os tiverem ainda.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠POEMA LAMENTO

Um mau poema
Sem tema
Alcance ou lema,
É tudo o que te posso dar.

Não sei mais.

Ela não quer nada comigo
E como castigo...

Também não quero ir mais longe
Não quero levar vida de monge
Porque monge
Sem capuz,
Já o sou nesta minha cruz.

Não pretendo nome
Ou cognome,
Estejam descansados
Para vosso bem.

Se o quisesse, alcançaria
Mesmo da noite para o dia!

Um bom poema
Para minha pena
Mas sem vontade de chorar,
É coisa que não te posso dar.

Lamento!

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 22-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠LUZ

Que luz
Que tão tarde
Queres brilhar
Como fogueira que não arde
Na minha escura vida
Que até se me não engana
A amargura invertida,
Nunca soube que existias.

Falso reflexo
A querer alumiar
O meu espelho convexo
Em teus remorsos
Por expiar,
Nos meus derradeiros dias.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 29-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠VADE RETRO SATANÁS

Vade!
Afasta-te de mim, Satanás
E se não fores capaz,
Eu levo-te à Boca do Inferno
Aquele penedo eterno
Que na história e nos anais
Fica ali na Guia de Cascais
Ao sul deste Portugal profundo
Que ainda crê no Demo
Do inferno extremo
Do outro lado do mundo.

Ó diacho!

Não é preciso ir mais longe…

Empurro-te daquele penedo abaixo
E cais no oceano em chamas
Onde proclamas
Não seres demónio mas monge.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 30-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

TALVEZ AMANHÃ ONTEM

Talvez…
Eu te conte o que não soube
Dizer-te
Ontem
Por causa das tuas
Palavras cruas,
Como pedras das ruas
Geladas
Que me atiravas
Sem dó nem piedade.

Talvez…
Amanhã eu não te saiba
Dizer nada
Porque nada sei
Do que soube
Ontem,
Que já era hoje
De madrugada.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-05-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

VINGANÇAS

⁠A vingança não dura um segundo
No coração dos simples e puros
Como a água cristalina e corrente
Que desliza frémita e tão contente
Passando apressada nas barreiras
Marcações de pedras fronteiras
E socalcos das terras do mundo.

Água vinha
Água vem
Água se foi
Água mansinha
Sem mais ninguém.

A vingança, por si se dói,
Nos corações benditos.
Nos corações empedernidos
Sem ponta de bons fluídos,
Ela corrói e destrói,
Vem, mas não vai.

É teimosa,
Birrenta
Como égua fanhosa
Peçonhenta
Que rebenta nos piores adjetivos.

Mas vai um dia na noite que cai
Com ventos de depuração.
Vingança que não vai
Não tem razão
De morar nos sem sentidos
Dos corações bandidos.

E eis que os corações tais
Desses empedernidos mortais
Não aguentaram o choque
E morreram sem esperança
Nem reboque
De aplicar a vingança.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 02-05-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Quando um dia destes eu morrer, garanto: não fui eu que pedi.
Alguém, equivocado, precipitou-se.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Quem pouco amou, pouco terá para contar, a não ser que invente.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro


O LAR DO SOFÁ VELHO

Não chores meu velho
Como eu, a ficar a sê-lo.

Nunca pensaste como ainda penso,
Vá, pensa:
Porque o pensar é de graça,
Afinal o que nos resta.

Já não é a tua casa,
O teu cheiro
E os odores por ti criados
Naquela casita perto do mar
Onde gaivotas te iam beijar
Pela manhã, famintas,
Do teu dar
E abrigo procurar
Nas tardes fortes de tempestade.

O teu lar, agora, é o teu penar...
Outros cheiros,
Gentes que nem sempre gostam de ti,
Pelo que vi, senti e ouvi.

E então fugi, fugi dali
Tão amargurado.

Que triste, é do homem fado
Deixado num sofá velho
A tremer de medo,
Naquele cubículo sem afetos
Onde reinam os dejetos,
Muita fome amordaçada
E mais...

Aquele horrível pecado
De os não deixar morrer
Na sua velhinha cama.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-06-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

TRÂNSITO NA PASSADEIRA DA MORTE

⁠Ensinaram-me a andar,
Atento e devagar,
Para não ser atropelado
Nem atropelar
Quem se cruze no fado
Comigo,
Mesmo em único sentido
Na vida.

Senhor, com tanta brida,
Nem se respeitam sinais
Nem prioridades,
Tantos mortais senhores de nada
Que querem fazer da estrada
A coutada dos seus ruins ideais!

Têm cara de demónio
O único prazer património
Que querem auferir na vida,
É matar gente já sofrida.

Ontem, pela manhãzinha,
O sol raiava pela fresquinha
E eu meti pés ao caminho
Para aspirar a vida de mansinho.

Alguém em potente máquina de matar
Quem na frente deles se atravessar,
Me ia levando inutilmente pelo ar,
Como já morto e inerte passarinho.

Salvou-me alguém lá dos céus,
Que mesmo sem ouvir os brados meus,
Deu-me a força de me atirar à valeta
Em voo rasante, como em tempos,
De tantos outros contratempos,
Eu, como uma leve borboleta,
Pousava e saltava sem parar
Sempre que me queriam matar.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-07-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro


ELA

Café e tasca na aldeia.
Era sábado de cálido verão.
A noite teimava na ideia
De não querer o escuro
Como um muro
Que lhe tapasse a visão.

O poeta entrou e nada comunicou.

De pé, observou uma pintura naif
Escarrapachada
Na parede do café triste
E imaginou
E mais não disse
Mas sempre observando.

Eram só dois, para ele olhando.

Um ébrio, de pé e uma mulher sentada
Que dali a nada veio ter com ele, eu,
A perguntar se gostava da pintura
Da parede triste e abandonada.

Na conversa dela com o poeta,
Este correspondeu pela certa.

Falaram, cultivaram e quiçá divagaram...

No final, despediram-se,
Prometeram ficar amigos
Nestas coisas das redes sem trapézio,
As sociais redes de perigos
Que só vingam no mistério
De ser pessoa com mais artigos.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 07-08-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Só os fracos é que não têm memória de quem lhes fez bem.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Quando estás cansado, não andes; caminha.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

DE FACTO E NUNCA DE FATO

De facto sendo, assim é.
De fato nunca, por não gostar
De enfiar no corpo até,
Tamanho estorvo de apertar.

E me obrigar
Pela simples razão da força,
Ainda que o diabo torça,
Debaixo das axilas,
Rangendo as maxilas,
Estroncar a fatiota toda,
Ainda que me digam
Ou maldigam
Que não percebo da poda,
E não saber andar na moda.

Também não me interesse a roda
Do vestir nas estações,
Basta-me, para andar na moda,
Tapar bem os meus feijões. ⁠

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

SORRI TRISTEZA

⁠Anda comigo tristeza,
Não sintas medo ou horror,
Traz só uma capa fina
De esperança pequenina,
Nos ombros da tua dor.

Iremos então lado a lado,
Dois cegos a cantar o fado,
Sem esmola, só pelo sonhar...

Anda tristeza e meu fadar,
Para onde vamos só basta
Trazeres na tua canastra,
O vento que vem no ar.

Anda tristeza, arrasta
A nossa vida pró mar,
Sorri tristeza sem parar,
Pois sorrir até afasta,
O fantasma do penar.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 20-10-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

Prefiro não ter um pássaro na mão, mas vê-los todos a voar⁠.
As aves, são os arautos da liberdade.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

NATAL DA REVOLUÇÃO

⁠Natal. Que revolução
Vai dentro de mim, agora:
Porque não veio o nevão
Da neve cinzenta de outrora?

Falo pelo país de mim,
Gente pobre e tão feliz,
De ser pobre e mesmo assim,
Numa esperança sem raiz.

Mesmo sem o tal nevão,
Do frio da nostalgia,
Eu prefiro ser chorão,
Que profeta da idolatria.

Haverá Natal de conceito
Sem aquela representação
Dum presépio tosco e feito,
Pela minha própria mão?

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 09-12-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠Nada recebe aquele que pouco pede; mas se não teimar em pedir, morre à fome em tempo breve.

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

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