Ja Chorei de tanto Rir
Não tenho tido muito tempo ultimamente mas penso tanto em você que na hora de dormir de vez em quando até sorrio.
Depois de confiar tanto nos outros e quebrar a cara, hoje em dia eu desconfio até das verdades que me falam.
O que eu nunca vou saber é porque faço tudo isso comigo só porque tenho tanto pavor do tédio. Era só isso o que eu precisava saber.
Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos.
Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa (...) quero adoçar tua vida.
“Não, o amor sabe tanto quanto qualquer um, ciente de tudo aquilo que a desconfiança sabe, mas sem ser desconfiado; ele sabe tudo o que a experiência sabe, mas ele sabe ao mesmo tempo que o que chamamos de experiência é propriamente aquela mistura de desconfiança e amor… Apenas os espíritos muito confusos e com pouca experiência acham que podem julgar outra pessoa graças ao saber.”
A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que está curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto. Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perda de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.
Um povo, tanto quanto um indivíduo, deve fazer justiça, custe o que custar.
Eu te amo tanto, mas tanto, que tive que arrancar algumas coisas daqui de dentro pra deixar só você, assim, por inteiro em mim.
solidão que tanto temem
que tanto ignoram o bem que faz
sozinha não minto, não finjo
não causo nenhum escarcéu
sozinha não maltrato, não disfarço
não há pesquisa que me sonde
sozinha não retruco, não provoco
não deixo ninguém sem resposta
sozinha não julgo nem condeno
não trato ninguém como réu
sozinha não grito, não rogo praga
não renego meu deleite
sozinha não trapaceio, não peco
não falto nem chego atrasada
sozinha não sumo, não volto
não tenho presença notada
sozinha eu sou quem eu posso
sozinha eu faço o que quero
sozinha não há céu que me rejeite
Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis.
Nunca mais vou pensar em você, nunca mais
Tanto faz um a mais entre tantos finais
Eu não vou semear fantasias e melancolia
Nunca mais, nunca mais...
Se você soubesse o estado que estou agora, zumbi, pegando detalhes seus por aqui, e doendo tanto que nem sei mais por onde começar.
Nota: Trecho da crônica BURACO.
O calor do dia abrandava. Naqueles olhos e tanto de Diadorim, o verde mudava sempre, como a água de todos os rios em seus lugares ensombrados. Aquele verde, arenoso, mas tão moço, tinha muita velhice, muita velhice, querendo me contar coisas que a idéia da gente não dá para se entender - e acho que é por isso que a gente morre. De Diadorim ter vindo, e ficar esbarrado ali, esperando meu acordar e me vendo meu dormir, era engraçado, era para se dar a feliz risada. Não dei. Nem pude nem quis. Apanhei foi o silêncio dum sentimento, feito um decreto:
- Que você em sua vida toda toda por diante, tem de ficar para mim, Riobaldo, pegado em mim, sempre!... - que era como se Diadorim estivesse dizendo.