Ja Amei e não fui Amada
Diz que já não sente mais nada, que superou, que esqueceu, mas toda santa noite alimenta as lembranças com fotos, relembra as guerras perdidas, as saudades cortantes, as esperas intermináveis. Percebe que tem tudo de alguém que já não tem mais. E se pergunta bem baixinho do que sente falta - mas não responde, congela, se engana.
Quando eu te tenho me sinto bem Você me fez sentir de novo Você me fez sentir o que, já não me importava mais Você me faz, você me faz tão bem
"E eu que achava ja saber de tudo, não sabia o que ia fazer. Todo mundo me mandava caminhar quando eu queria correr. Eu não tinha convite, eu não podia entrar, eu encontrei a porta aberta e resolvi ficar. Eu perdi todas as manhãs que a noite conseguiu me tirar, esqueci das tardes esperando a noite chegar. Eu cheguei onde queria e não queria mais voltar, eu encontrei a porta aberta e resolvi fechar."
Eu? Correr atrás? Não. Já fui muito de fazer isso. Mas hoje não mais. Deixo ficar a vontade. Quer ir? Vai. Quer ficar? Fica. Implorar atenção não é pra mim não. Ficar mendigando pedaços de atenção não é pra mim. Ou é tudo, ou não é nada. Não obrigo ninguém a ficar do meu lado. Se quer ficar, que seja de verdade, que seja porque o sentimento por mim é verdadeiro. Não quero pessoas de mentira, porque eu sou verdadeira demais pra isso, sou intensa demais pra ter alguém aos pedaços.
Erro e Errei.Não gosto de errar mais já me acostumei.Te amo muito mais vacilei.Não sei se terá perdão mas sei que tentei.Sinto sua falta mais agora já nem sei.Uma chance.Mais uma vez tentarei.Se não tiver sucesso.Um tempo darei.Porem desistir nunca.Prefiro a morte ao desistir De te ter.
E eu pergunto a todos... neste novo ano já não é hora de começar a rir da vida e da vida parar de rir de você? Vai depender de Deus, de um golinho de sorte e 100% de você.
Eu, que sempre tinha uma palavra pronta, morri no silêncio.
Sobrou profundo ressentimento, por jamais saber como seria...
- Você é feliz?
- Não.
- Já tentou correr atrás da felicidade?
- Sim, mas desisti quando vi ela beijando outro.
Os fracos acham que fazer a Justiça é fazer vingança, já os fortes acham que a propria vingança é uma Justiça.
Duvida, Certeza, Felicidade, Tristeza. Uma nova história dentre muitas já passadas, eu sou assim nas entrelinhas das palavras.
Você já teve a sensação de se sentar e começar a imaginar qual o sentido que existe em tudo isso? Se a vida é sempre assim, ou se há algo maior lá fora? Ou se você estava destinado a ter algo melhor?
A gente podia ter podido tudo. Podia ter feito surtir efeito. Já é abril. E você ainda nem percebeu que perdeu. Todos ganham presentes, mas nem todos abrem o pacote. Algumas pessoas ainda, guardam o sorvete pra mais tarde. Eu gostaria imensamente de entender, mas a minha compreensão enfraquecida não consegue suportar certas verdades, nem ver mais aberta as feridas, minha compreensão quer descansar.
Eu te amo, homem, hoje como toda vida quis e não sabia, eu que já amava de extremoso amor o peixe, a mala velha, o papel de seda e os riscos de bordado, onde tem o desenho cômico de um peixe — os lábios carnudos como os de uma negra.
Divago, quando o que quero é só dizer te amo.
Teço as curvas, as mistas e as quebradas, industriosa como abelha, alegrinha como florinha amarela, desejando as finuras, violoncelo, violino, menestrel e fazendo o que sei, o ouvido no teu peito pra escutar o que bate. Eu te amo, homem, amo o teu coração, o que é, a carne de que é feito, amo sua matéria, fauna e flora, seu poder de perecer, as aparas de tuas unhas perdidas nas casas que habitamos, os fios de tua barba.
Esmero. Pego tua mão, me afasto, viajo pra ter saudade, me calo, falo em latim pra requintar meu gosto:
"Dize-me, ó amado da minha alma, onde apascentas o teu gado, onde repousas ao meio-dia, para que eu não ande vagueando atrás dos rebanhos de teus companheiros".
Aprendo. Te aprendo, homem. O que a memória ama fica eterno. Te amo com a memória, imperecível.
Te alinho junto das coisas que falam uma coisa só: Deus é amor. Você me espicaça como o desenho do peixe da guarnição de cozinha, você me guarnece, tira de mim o ar desnudo, me faz bonita de olhar-me, me dá uma tarefa, me emprega, me dá um filho, comida, enche minhas mãos.
Eu te amo, homem, exatamente como amo o que acontece quando escuto oboé. Meu coração vai desdobrando os panos, se alargando aquecido, dando a volta ao mundo, estalando os dedos pra pessoa e bicho.
Amo até a barata, quando descubro que assim te amo, o que não queria dizer amo também, o piolho.
Assim, te amo do modo mais natural, vero-romântico, homem meu, particular homem universal.
Tudo que não é mulher está em ti, maravilha.
Como grande senhora vou te amar, os alvos linhos,a luz na cabeceira, o abajur de prata; como criada ama, vou te amar, o delicioso amor: com água tépida, toalha seca e sabonete cheiroso, me abaixo e lavo teus pés, o dorso e a planta deles eu beijo.
Todos nós queremos mudar o mundo
Mas quando você fala em destruição
Você já sabe que não pode contar comigo
Já não choro por ninguém, o que dizem não me toca. Faço o que considero certo, me atiro se sentir vontade. Arrependimento não faz alguém voltar no tempo, nem pra casa, e dos meus erros, hoje, só tento enxergar o lado bom. Tentei, errei, menti pra tentar consertar, e piorei tudo tentando acertar. Segui em frente, fiz as pazes com o passado e as minhas falhas já não me atormentam mais. Dos que me julgam apenas resta o sentimento de pena, e a ironia da falsa perfeição de quem erra no mesmo ponto. Humanos imperfeitos. A paz deve ser isso, construir um refugio em meio a tanto caos. Aprender a sobreviver as catástrofes do dia-a-dia. Já chorei e me importei, fiz o que era correto aos olhos de pessoas incorretas, me arrependi por atitudes que nenhum lamento resolveria. Não seria errado dizer que a felicidade é uma questão de escolha - eu posso ficar mal, é inevitável não se sentir bem o tempo todo, mas eu posso escolher meu caminho. As dores passam, realmente, elas passam, mas às vezes continuamos mal pelo fato de não seguir as linhas de um futuro que nos foi escrito. E quantas linhas você já pulou? Nostalgia, lembranças que ficaram de quem se foi, tempo perdido. E que tempo perdido. Nosso equilíbrio é o que temos, o que somos e o que queremos, estamos sempre pendurados a uma corda bamba segurando um pouco de tudo, se deixarmos que um dos itens caiam, também caímos, ninguém é de ferro, e até o ferro entorta com as colisões. Somos o que queremos, quando queremos, se o nosso querer for além de um simples querer. Somos parte de um universo paralelo, onde a maior regra é ser além. Ir além, conhecer o que existe do outro lado, do próprio lado, do lado de dentro. Se hoje tudo lhe parece estranho, faça o estranho parecer certo. Existe um infinito nas diferenças, pessoas que nascem para serem iguais, morrem como a maioria. Se hoje eu não choro por ninguém, não foi porque eu aceitei a monotonia da vivencia, mas sim, porque encontrei o verdadeiro motivo da existência. Ser o que não pode ser tocado com facilidade, as pessoas só nos machucam quando permitimos que elas cheguem perto o suficiente pra isso.
