Introspecção
(...) Quiseras eu voltar ao século XIX, e poder adentrar de forma "aliótrica" mas como um ser pensante no mundo dos pensadores tipo Kierkegaard, Dostoyevsky, Sartre e Nietzsche para poder entender o "existencialismo" não como um medíocre em crise existencial, em que encara os obstáculos, distrações, desespero, ansiedade, o absurdo, a alienação e o tédio como os diversos graus que a vida alcança em um estado gratificante baseado no momento que ela constitui, mas baseado em fatores internos e externos que ela chega, incluindo ai as consequências de toda nossa forma de viver...
(...) Ah, deixa eu te falar, parece que antes de virar saudades, o tempo vai morrer... e eu não vou te reencontrar...
Vida, abstrata vida...
Eu vejo o tempo passar...
Quem poderá entendê-la?
Vivo sem compreendê-la,
penso a olhar para o mar.
Até onde irei chegar?
Não sei como resolvê-la...
Um dia desses irei perdê-la,
não tenho como evitar.
Não sei para onde vou,
como encontrar saída?
Mal informado estou...
És viagem só de ida?
A chama já se apagou.
Oh vida! Abstrata vida.
Você é quem escolhe o que absorver, pensar e expressar, fatos exteriores não tem o poder de mudar essas escolhas.
(...) O despertar para viver a vida de forma intensa, é aproveitar as silhuetas da tempestade empurrando a chuva e você no meio a bailar como se fosse a vida sendo uma brincante contigo... 😆😆😆😆😆😆😆😆
(...) Não mensurar as palavras ditas, é como se a estupidez fosse sinônimo do afago... Mas quando tenta camuflar o caráter é o ápice que se engana...
O artista tem essas fases... O ápice de alegria, criação, gozo; logo após, uma imensidão de reflexão, introspecção (...).
Quem quiser mergulhar na solidão, dominar o amanhã
vai ver que ali só existe a dor.
É na união,
é no compartilhamento
que a vida reside.
Fragmento IV - Conação
Entre corpo e alma, eu.
Um entre-espaço, dito maneira, que tange a esfera transcendental da mística à relação lógica e contemplativa do abstrato.
Assim, o corpo existe apenas como relação meramente espacial da afirmação, ao passo que, a mente flutua, introspectivamente, em busca de sua intuição.
Nesse radiante e permeável oaristo, de um ao outro, eu.
Numa profunda angústia
perco-me na imensidão
a tinta flui a minha ausência
e o sono a minha própria negação
mas nesse mundo sem sentido
quanto tempo levara para a celebração
Caminho profundo no abismo
As quatro cadeiras da sala estão prontas para oração
desbotadas as suas fissuras irão ecoar os números
sobre o seu proprietário de coração
numa dança eterna, onde me consolo com a solidão.
Uma luz então surge
e ingenuidade que fica
e o que se reflete no espelho?
Lembrança me traz
cores púrpuras e lilás amarelado brilham em tom fantasiado
parece conseguir cortar o crepúsculo
ressoa então a sentimentalidade
aguardando a verdade que no fundo você sabe.
Para escrever, preciso mergulhar dentro de mim,
abrir portões fechados,
remover selos e bloqueios.
E, aos poucos, aprendi a fechar os portões
e esqueci a chave, esqueci a senha e a localização.
E, aos poucos, criei defesas para me proteger de tudo, até do que sinto,
como se fosse um livro aberto.
O silêncio pode ser uma forma de presença tão plena quanto as palavras. Não ter algo a dizer não implica vazio ou ausência; pelo contrário, pode ser um sinal de serenidade, de quem encontra na quietude o espaço para estar.
Vivemos numa era onde o ruído constante é quase obrigatório — opiniões, comentários, respostas imediatas. Mas o silêncio, por vezes, é a maior das respostas. Ele não é sinónimo de tristeza ou desconforto; pode ser a companhia de quem se sente confortável consigo mesmo, que não precisa preencher cada momento com palavras para existir.
Há também uma força no silêncio. Ele carrega o que as palavras não conseguem alcançar: a profundidade dos pensamentos, o peso das emoções, a verdade das pausas. Estar em silêncio é estar inteiro, permitir que o mundo se desenrole sem a necessidade de intervenção constante, e aceitar que nem tudo precisa ser dito, porque nem tudo pode ser traduzido.
Assim, o silêncio não é ausência, mas presença num outro tom.
Muitas vezes pego-me a observar-me, como se fora um outro, um terceiro, até mesmo um fantasma assombrando a si próprio. É um sentimento estranho, outro dia, enquanto conversava com uma amiga sobre nossas experiências sexuais, eu não parava de me perguntar internamente o porquê de estar fazendo aquelas escolhas de palavras, não seria as palavras que eu falaria se eu fosse realmente eu. Não é estranho esses momentos em que percebemos que deixamos de ser.
Ali, de repente, fui tomado por um outro, a quem fui observando de longe, um outro que eu não conhecia, mas que ainda acho ser eu em algum espectro, alguma nuance. Um eu reprimido.
Outras vezes que percebo esse fenômeno é quando me apaixono por alguém, abandono-me fácil de mais. Meu espirito sóbrio foge do meu corpo, como em uma espécie de projeção astral. Mas meu corpo não fica oco, logo trata de si preencher e penso, falo e ajo de um jeito absurdo, clamando pela atenção de estranhos. Por isso não gosto muito de mim quando me apaixono e isso tem acontecido com certa frequência, digo que conheci um menino na segunda e na sexta não paro de pensar na nuca de um outro. É repugnante me assistir agindo dessa maneira, se apaixonando por puro tédio e se convencendo de que esses sentimentos são reais. E chega a ser patético me ver me humilhando assim.
Quem sabe esse não seja um problema a ser resolvido, tenho que aprender a conviver com essas versões espaçosas de mim.
Outrora, pensava eu que a linha do tempo seria capaz de descrever, as vitórias e derrotas, alegrias e tristezas, decepções e aventuras... hoje percebo pelo diagnóstico feito pela vida, que o tempo é curto... para achar que o melhor seria o pior, que o pior era apenas um momento de aventura, que a aventura superava as tristezas, derrotas, decepções e que a linha do tempo descrevia tudo...não na verdade... a vida não poupa tempo, "nem perdoa juros e nem dá prazo a gente".
Uma inspiração que tive no bar "Flor do Caribe"
(...) Não engane-se, o tempo não vai parar, as surpresas continuarão, seja forte e aprenda a fazer vistas grossas, as percepções desapecebidas...
(...) Oh, não sejas miserável consigo mesmo, porque insistir naquilo que te causas dores, desistindo doerá bem menos...
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