Insensato
Podemos ler nas testas daqueles que vivem cercados por um luxo insensato que a fortuna vende aquilo que se pensa que ela dá.
Foi uma sensação boa, mas eu sabia, eu sabia que poderia causar qualquer dano. Era tão insensato aquilo. Porém, era amor. Eu estava amando, odiando a idéia de amar.
Amor insensato
Em um mundo de silêncio e dor,
Meu coração sangra, cheio de amor.
Dou tudo de mim, tudo o que posso,
Mas sou tratado com desprezo e remorso.
Cada dia é uma batalha sem fim,
Onde sou culpado, sem razão, enfim.
Ofensas lançadas como pedras ao vento,
Meu espírito se quebra a cada momento.
Faço tudo por ti, meu amor sincero,
Mas tua frieza me deixa desespero.
Vejo nas sombras a minha tristeza,
Perdido em um mar de incerteza.
Olho para o céu, peço a Deus um sinal,
Ajuda-me, Senhor, a suportar o mal.
Minha alma cansada clama por paz,
Rogo por força, que o sofrimento desfaz.
Que a luz divina guie meu caminho,
E me afaste da dor, me tire do espinho.
Em tuas mãos coloco minha oração,
Cura meu coração, dá-me salvação.
Senhor, escuta meu lamento profundo,
Traga-me amor, verdadeiro e fecundo.
Liberta-me dessa tristeza constante,
E faz renascer a alegria brilhante.
Não sei quando me tornei um sábio, só sei que me tornei o insensato toda vez que sabia o que fazer e não fiz...
Sem muito arrodeio, o que eu temia concretizou-se: Ela se foi, e foi depressa. Eu estou triste, muito triste. Numa nuance entre tristeza e ódio, sendo eu incapaz de dizer qual delas é mais imponente por sobre o meu espírito. Eu estou odiando e enojando o meu objeto de apreciação, e isso, de todos os pontos de vista, é improdutivo. Eu estou com medo, e não quero vê-la. Não mais. Nunca mais...
Sobre mim, voltei ao marco zero. Estou desolado e desmotivado. Realmente, não sei mais se quero viver. Mas, ao decorrer do sucedido, se aquilo que almejo não for ele alcançado, eu desisto. Em mim, não mais residirá amor. Não por pessoas, ou mulheres, eu voltei a odiar tudo ao meu redor. Isso é mal; muito mal. Eu estou querendo morrer novamente...
Sei lá, eu só gostaria de sumir... O amor é odiável.
- Que conselho o senhor daria aos nossos estudantes?
- O mais importante eles já estão fazendo que é estudar, pesquisar e expandir seus conhecimentos. Eu os aconselharia também a cultivar valores pessoais, como, por exemplo, perseverança, fé, temperança e coragem. Uma sólida estrutura de valores aliada ao conhecimento, é a base do sucesso.
Eu já acho fácil persuadir as pessoas, o difícil é fazer com que elas permaneçam persuadidas por muito tempo.
Eu encontrei ela ontem, vagando vagarosamente pelas ruas. E ela estava linda. Mas não para mim, para outro homem. Enquanto eu falsamente esbanjava um sorriso de felicidade ao vê-la, meu coração fervia todos os meus nervos em ódio ao saber que nunca teria-a para mim. Ela continuou andando, sem saber de nada, indo de encontro ao homem que eu mais invejo neste mundo. E eu, continuei andando, com o maior desgosto pela vida, sabendo que a mulher que amo, ama outro, que não eu.
Por amor, o ódio é o sentimento que mais busco repudiar em mim mesmo. Pois por preservação, e até sabedoria, sei que se odiar, não apenas o objeto de meu ódio atingirá seu respectivo fim, mas eu mesmo também sofrerei de tal mal. O ser que odeia, odeia com data de validade. O ódio é a degradação do humano.
O amor se demonstra em sínteses cíclicas de agrados e desagrados. Para poder amar, é necessário uma pomposa dose de cinismo, acompanhado por um aperitivo de nome sadismo, e o mais apetitoso dos ingredientes, chamado de gratidão.
Ao que temos que recorrer quando o motivo de nossa felicidade se torna, para nós, mais maligno, que benigno?
O que é o amor? É algo pelo que se vale, ainda, mediante tanta inconsistência, doar-se até o último resquício corporal. Como se todas as outras coisas fossem pequenas e desinteressantes. Como se somente aquilo importe. É a representação da diferença num meio igualitário. É tudo pelo que se vale ser mais e melhor.
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