Homem e o Câncer de Próstata
Após o conluio feito no sinédrio,
seguiu-se o homem, do que é capaz,
sobrando o espelho dado por Caifás
aos muitos que bebem do mesmo remédio.
O povo, inseguro, ignora a preceito,
as frases de Cristo, na sua missão;
o seu a seu ego, em cada oração,
pra ter mais orgulho em cada defeito.
Nem sempre a história os justos premeia,
nem sempre o juízo é como previsto;
se hovesse eleições no tempo de Cristo
talvez Barrabás governasse a Judeia.
Confundem-se os justos com os vendilhões,
num vasto plenário de todas as cruzes:
acendem-se as trevas, apagam-se as luzes,
e fecham-se as portas dos bons corações.
Neste mundo de vinganças, onde o homem pouco pensa, não me admira que as crianças chorem todas à nascença.
O Homem é uma criatura tão estranha, tão diversa, que tem sempre uma postura muito perto da loucura e o resto é só conversa.
Engraçado, eu continuo acreditando em pessoas, mesmo depois de traído.
Se feri foi sem querer, talvez estive distraído.
Amo gritar, sorrir e falar alto, gosto de gente que leva a vida tão á sério que não deixa de fazer uma piada, até quando toma topada.
Me atraio facilmente por alguém que tem senso de humor .
Esse negócio de tentar impor respeito, fazendo cara feia é coisa de insegurança velada.
Amo pessoas que não tem medo de falar de DEUS, e que agradece a ELE por tudo.
Satisfação para mim é ver num rosto aflito, um sorriso, ainda que banhado com lágrimas.
Ouvir barulho de gente conversando, mulher grávida, choro de bebê, improviso e cobrança de resultados, aguçam em mim a adoração ao Supremo Autor.
Automaticamente me afasto e analiso de longe, quando alguém de energia negativa, pessimista e vitimista, tenta roubar a minha mente.
Porém, me comove muito facilmente, se enxergo necessidade real nas pessoas, desde que elas descruzem os braços.
Gosto de sereno, mesmo sabendo que vou ficar gripado.
Sou daqueles que gosta de ter a sensação de medo ultrapassada, só para testar a minha capacidade e sorrir depois, independente do resultado.
Eu me elogio sempre, me acho o máximo , autoestima nas galáxias, uma voz dissonante da de muitos da minha etinia.
O problema não sou eu , não, com certeza não.
O problema é que muitas vezes, o mundo em que eu vivo tenta me dizer que, apesar de artista, estou sem tinta e sem pena.
A intenção é me fazer sentir-me inócuo, inepto, bucólico e pastoril, em tudo que penso ou faço.
Diante da grande e massiva celeridade, traumas e pressões, sem falar das guerras.
Na evidência de uma geração egocêntrica, pregadora de competição e apologética do protagonismo.
Eu, aqui, com meu bojo idílico , haveria sido sucumbido sem perceber?
Tal ingenuidade de minha tenra infância, haveria persistido ainda que me tornei adulto?
Seria eu, um homem menino?
Se sim, só entenderei mesmo quando crescer.
E pelo que vejo, vai demorar muito...
O PODER QUE O HOMEM QUER
E se assim, de repente, você tivesse o poder de parar tudo?
Parar a dor do doente, a mudez do mudo e a surdez do surdo.
Como em uma mágica milagrosa, pudesse aumentar a luz do vagalume, tirar o espinho da rosa.
Pudesse convencer facilmente as pessoas rebeldes, essa gente teimosa.
Se você pudesse prender e depois, destruir completamente o mal.
E de toda a água do mar, você conseguisse tirar todo sal.
Tivesse o controle sobre os animais, a natureza e a ciência.
Curasse chagas mortais, aids, câncer, mal de Parkinson e demência.
Pudesse fazer o leão parar de matar zebras e filhotes de touros.
Fizesse todos serem aprovados, em todos os testes de calouros.
Se você pudesse alimentar o mundo inteiro, acabando de uma vez com a fome.
Organizasse a paz no mundo, unindo todos os homens.
E se assim, tivesse o controle do mundo inteiro, o que você faria?
Como daria senso a momentos de vibração e de alegria?
O que faria para motivar e elevar as pessoas?
Já que tudo seria um paraíso, as coisas seriam boas?
Como faria para manter tudo sob controle, para o caos não se instalar de novo?
Como explicaria a pergunta: quem nasceu primeiro, a galinha ou o ovo?
Se tivesse o controle total sobre tudo, seria totalitário ou democrático ?
Ou deixaria as pessoas livres, para fazerem o que quisessem, seria empático?
E depois, que estivesse tudo parado, esperando você acabar de concertar.
Como daria o reinício das engrenagens da natureza, como faria tudo voltar a funcionar?
Depois de navegar neste momento de seu paraíso imaginário.
A perfeição que desfilou na sua mente, tirou um ditador do armário.
Em se tratando de ser humano, com idéias livres e pensamentos diferentes.
É impossível equilibrar tudo, pessoas são confusas, individuais e desobedientes.
Além disso, como saberíamos o que era bem se não existisse o mal?
O que seria do bom, se o ruim não existisse?
Que graça teria a conquista, se não houvesse uma batalha dura?
E o que seria doce, se não houvesse amargura?
O mundo perfeito, onde tudo funciona, na verdade é uma ditadura.
De tanto esforço para se auto afirmar, acariciando o ego e beijando o "EU".
O homem acha que pode concertar tudo, explicar tudo e substituir Deus.
"O cachorro vai para o céu? Mas é claro que vai.
Enquanto o homem carrega o peso dos seus próprios pecados, os cães vivem de maneira pura, inocente, sem malícia. Dizem que os cachorros não têm alma — mas quem diz isso é o próprio homem, esse ser complexo, tortuoso, repleto de falhas e contradições. Foi por causa do pecado humano que Cristo precisou morrer na cruz, numa tentativa divina de nos resgatar de nós mesmos.
Já os cachorros... eles não precisam de redenção. Não traem. Não mentem. Não matam por inveja. Não conspiram. Eles apenas amam — de maneira incondicional, fiel, silenciosa. São amigos leais até o fim, mesmo que esse fim chegue cedo demais. Não foi preciso um cachorro crucificado para que fossem dignos do céu: eles já são, por essência, aquilo que nós lutamos a vida inteira para ser.
O céu, se for mesmo um lugar de justiça e amor, seria incompleto sem os cães.
Eles chegam lá antes de nós — e talvez nos ensinem, do outro lado, aquilo que esquecemos aqui: a arte de amar sem reservas.
O homem complica. O cachorro entende.
Agosto no Cio
Nuvens vermelhas flutuam baixo. As circunstâncias atmosféricas do mês de agosto facilitam sua formação em níveis vulneráveis à sensualidade humana, absorvendo as gotículas de sangue lançadas ao ar enquanto vociferamos nossos temores, nossas aflições, paixões, fúrias e desejos, sangrando como fêmeas férteis cujos óvulos não foram fecundados.
Noites longas, frias e densas. Eis nossos corpos envoltos pela nebulosa encarniçada: entramos no cio e a grande fera sopra seu vapor sanguinário no deserto.,
Hei, Senhor Lupino! Abandone seu covil e venha me pegar!
[...]
Sinto seu hálito, seus beijos, sua língua úmida descendo por meu pescoço, minhas costas, meus seios, minha barriga, meu templo.
Gemidos, sussurros: a heresia de uma fase lunar personificada pela condensação de nossos instintos carnívoros.
Seus lábios macios sugam o fluido ferruginoso que verte de minhas nascentes em resposta à efervescência de suas carícias sinuosas.
Sua fera pulsa entre minhas coxas.
E eu sei: o Deus-homem nunca morreu.
O homem luta para saber se sua consciência pesa por causa de uma convenção da sociedade ou por uma convenção universal.
A humildade é indissociável do bem. Não há nenhum homem que seja bom sem ao mesmo tempo ser humilde. A humildade é a base sólida da bondade.
É muito improvável que exista ou já tenha existido um homem que nunca tenha aprendido nada com alguma mulher.
Não acredito na ingenuidade de ninguém, muito menos quando parte de mulheres em relação a homens. E, pensando bem, também, quando parte de homens em relação a mulheres.
O ser humano é um ser muito complexo, mas apesar de toda sua complexidade consegue chegar aos níveis mais elevados da mais linda e pura simplicidade.
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