Homem Esperto
A total evolução humana, aguarda o homem atual romper com o passado.
A maior dificuldade, tem sido essa teia de mentiras sagradas, que tem nos fixados firmemente em busca de um passado onde vivíamos com deuses. Foge se há um Deus, não está no passado e sim lá no final da tua história.
Uma mulher quando está apaixonada por um homem, ela dá a ele o seu corpo, mas, não se iludam, pois um homem quando está apaixonado por uma mulher, ele dá um lar a ela.
Isso talvez explique a pequena durabilidade dos relacionamentos atualmente.
Não se meta com mulher de outro homem!
Não se meta com marido de outra mulher!
Muita gente perde a vida nas brincadeiras apenas por acertos de conta.
Parceiro/a de outra pessoa deves encarar igual encaras demônios
Trono de areia
Dizem que um homem ergueu torres de vento,
coroou-se com ouro que cega o próprio sol,
e acreditou que as marés lhe obedeciam
como cães adestrados na praia.
Ele marcha sobre desertos férteis,
semeando cinzas como se fossem trigo,
e chama isso de vitória.
Enquanto isso, os rios sussurram em segredo:
“a água não bebe mentira,
a justiça sempre chega até o mar.”
O céu, paciente, ri em trovões contidos,
porque sabe que nenhuma coroa de barro
sobrevive ao sopro que molda tempestades.
Ele, vaidoso, conversa com seu reflexo,
e o espelho, cansado, quebra-se em silêncio.
As estrelas, de tão antigas,
olham para sua altivez como se fosse brinquedo
de criança distraída.
Pois quem pensa mover o mundo
com os punhos fechados,
acaba esmagado pela própria sombra.
E no tribunal secreto das montanhas,
onde a neve é juíza e o tempo é escriba,
ficará registrado:
nenhum homem jamais dançou acima da Verdade,
pois a Criação não se curva
a quem acredita ser maior que o Criador.
O homem pode dialogar sobre o que teve na cabeça, mas o que nos leva ao conhecimento do caminho da imortalidade?
O homem está voltado de tal forma que as coisas do mundo o fazem ficar difícil entrar em contato com Deus.
O homem acha que tem que colocar tecnologia em tudo, fazendo chacota da escritura, dizendo que está ultrapassada.
A verdade é que a tecnologia e a criação humana é ultrapassada.
Seria eu a errada de te amar como mulher ama homem?
Eu te amo mesmo que as vezes não perceba e te odeio em meu secreto; mas desta vil couraça meus olhos partem para algo mais claro e que pareça justo.
Te escrevo linhas que não entenderia. Sobre essa abrasadora paixão porém antiquíssima e madura, te deixei meu coração, que deveria fazer? Perder aquilo que amo por um mero instinto — que se bem analisado, não é certo ser descrito como tão pacato e indiferente — de certeza, parece-me verdade, mas quando é que foi que esta se tornou tão incerta e inflexível — critico à mim mesma por pensar assim. Divido então, amor e razão. Razão essa qual não me é sólida, que força-me a olhar tudo que não pedi para ver, como te deixar ir com um embolo de mil linhas no estômago, os olhos lacrimejando, os passos como em uma melodia dramática trançando e o peito ardendo em pranto.
O período da História Antiga é o berço onde o homem, ainda entre deuses e mitos, começou a esculpir em pedra, palavra e sangue o sentido de ser humano.
Aí vem ele, o último homem.
Cheio de si, tem tudo à mão,
sem perceber, depressa os dias correm.
Veja! O algoritmo esconde sua solidão!
Pensa ser o centro do universo,
uma dose de ignorância, para lhe cegar.
Venenos em papéis bonitos, para lhe saciar,
Outro veneno para lhe curar,
e muito veneno finalmente para lhe matar!
Sem tempo para adoecer,
sem tempo para desconfiar,
e muito menos para pensar,
sem luz própria, não pode se isolar!
Essência perdida, alma ferida!
Sua alma morreu, antes do corpo!
Sem alma, virou um animal, ensinado a dançar
em troca de atenção e comida!
Acredita em igualdade e liberdade,
mas, pode alguém ser livre e igual?
Se todos são iguais, não existe liberdade!
Se todos são livres, não existe igualdade!
Isso é um beco sem saída,
nosso rebanho, não tem pastor!
A ignorância é atrevida,
tem gurus ensinando sobre a vida!
É melhor um homem,
que conserta bicicleta. Bike.
Precisa trabalhar, direito? Perguntei.
Ele disse: Sim, precisa.
QUE NOTA DARÍAMOS A NÓS MESMOS? Dependemos dos rios para viver. O homem, os animais aquáticos e outros seres terrestres também (dependem de rios sadios, águas boas), alguns, se reproduzem nesse ambiente aquoso; e após isso, seguem, em terra firme, suas vidas. O homem (coroa da criação) é tido por racional, mas é o único animal que, atua bastante na irracionalidade: a sujar, a comprometer a qualidade desse líquido vital, a exterminar a água que bebe e que atende suas demandas diárias. Rios estes, águas estas de mil utilidades (à Natureza que Deus criou). Com relação aos cuidados e respeito do Homem, com os nossos rios (águas de cada dia), que nota daríamos a nós mesmos, uma vez não sendo tão racionais como devíamos ser?
"Essência"
A mulher é movida pelo momento. Ela não ama o homem que está com ela, ama o que sente ao lado dele.
Mulher não tem caráter, é pura adaptação: muda de opinião como muda de roupa.
É um camaleão pintado de maquiagem. O homem que busca firmeza numa mulher se afoga em areia movediça.
Ela se molda ao homem, ao instante, e no fundo nunca teve essência.
ANGOLA, A MÃE DESALOJADA
Ao longo da história da raça humana, o homem sempre esteve ligado à sua comunidade e procurou viver em paz e segurança dentro da sociedade, pelo fato de encontrar-se e viver em comunhão com o seu semelhante. Esse comportamento fez com que o homem criasse leis, princípios e regras impostas a todos os residentes da comunidade.
O mesmo aconteceu com o surgimento e a divisão de países dentro de um continente, a partir de reinos, tribos e clãs. O homem nunca se sentiu totalmente satisfeito e realizado, pelo fato de suas necessidades serem ilimitadas.
A interligação entre o homem e o seu semelhante fez com que tribos, povos, línguas e nações permutassem e cooperassem em prol de interesses comuns que ambos os lados compartilhavam ao formarem e firmarem suas diplomacias.
O mesmo aconteceu com Angola e com os angolanos, tanto no período pré-histórico quanto no colonial e pós-colonial. O povo angolano teve a graça de contar com homens e movimentos que sempre pautaram pelos interesses nacionais e patrióticos, em prol do bem-estar comum. O povo participou dessas incursões de forma indireta, pois, naquela época, lutar, protestar, revolucionar e defender a nação era considerado crime contra o regime colonial e as potências opressoras que se encontravam na África.
Por isso, muitos foram acusados, condenados e perseguidos pela PIDE. Fazer revolução, protesto ou incursão em prol de Angola, naquela época, tinha como prêmio a pena capital.
Ao longo dos tempos, muitos homens lúcidos — intelectuais, acadêmicos, autodidatas, revolucionários, nacionalistas e patriotas — já lutavam por uma Angola justa, pacífica e livre, onde todos os angolanos teriam direito à educação, saúde, habitação e, acima de tudo, à dignidade e ao respeito de seus direitos enquanto cidadãos, sem termos que olhar para a cor da pele ou para a cor partidária de um indivíduo.
Sonhavam com uma Angola onde todos nos veríamos como irmãos, filhos da mesma terra. Onde a bandeira do partido não seria mais importante do que ser angolano e filho desta terra. Esses homens — militantes, militares e líderes — não lutavam por interesses pessoais, mas sim pela pátria-mãe chamada Angola.
Durante as lutas e a guerra contra o regime colonial, muitos foram iludidos e cegados pelo orgulho, ódio, ambição e separatismo, agindo de forma parcial e xenófoba contra seus próprios irmãos angolanos.
O sacrifício foi árduo e a luta foi longa. Mas, em vez de paz, ganhamos guerra fria; em vez de união, ganhamos divisão; em vez de reconciliação, ganhamos tribalismo; em vez de imparcialidade, ganhamos parcialidade; em vez de família, ganhamos adversários; em vez de irmãos, ganhamos inimigos. Em vez de amor, promovemos o ódio contra o próximo, apenas por pertencer a um partido ou religião diferente da nossa.
Esses males foram plantados ontem, numa Angola desavinda, onde irmãos matavam-se entre si, guerreando violentamente contra o próximo e o seu semelhante.
Angola foi alvo da orfandade e viuvez causadas pela política ocidental e imperialista. Foi através dessa política que começamos a nos matar, por acreditarmos na hegemonia política e partidária, sem sequer usarmos o senso crítico.
Hoje, Angola encontra-se nômade, desalojada, vagando por terras férteis e aráveis, levando apenas consigo: trouxas, roupas, panos, panelas, chinelas e lenços. Está vestida apenas com roupas das cores das bandeiras partidárias e nacional.
Apesar das riquezas que o nosso solo oferece, ela continua a vagar pelas ruas das cidades, pedindo esmolas, comida, dinheiro e socorro àqueles que passam por ela.
Enquanto Angola passa fome, sede, vergonha e humilhação diante de seus filhos, sobrinhos, netos e bisnetos, o estrangeiro explora, rouba, saqueia e aliena seus filhos, cidadãos e povos — reduzindo-os à condição de mendigos, e transformando-os em fonte de rendimentos e enriquecimento por meio de doutrinação (alienação religiosa), cegueira e reprodução de teorias políticas alheias.
Hoje, em vez de nação, vivemos no exílio; em vez de cidadãos, tornamo-nos refugiados; em vez de patriotas, somos taxados de inimigos públicos; em vez de nacionalistas, somos chamados de terroristas; em vez de filósofos, somos considerados malucos.
É por causa desses e de outros males que transformamos o partido no poder em religião, o presidente em divindade, políticos em salvadores, revolucionários em demônios, críticos em adversários, artistas em papagaios, filósofos em malucos e ativistas em frustrados.
Essa ideologia foi promovida por aqueles que sempre quiseram se perpetuar no poder a todo custo, mesmo que para isso fosse necessário lutar e guerrear contra os ventos do progresso.
Nós, angolanos, tornamo-nos inquilinos dentro da nossa própria terra e pagamos renda a quem não é filho legítimo desta nação chamada Angola.
Nossos direitos foram consagrados na Constituição, mas, infelizmente, a realidade os nega. E o governo nos reprime quando exigimos e clamamos diante dos órgãos competentes e de direitos.
Nossa mãe já não tem voz, nem poder sobre aqueles a quem ela confiou o poder e a administração dos recursos e riquezas do país.
Nós — revolucionários, ativistas, nacionalistas, patriotas e filósofos — tentamos resgatar a dignidade, o respeito, o valor e a consideração que Angola tinha diante de outras nações, mas, até hoje, sem sucesso.
Só nos resta chorar, lamentar e morrer, porque nossas forças se esgotaram, nossas garras e nossa esperança se desfizeram diante dos obstáculos, barreiras e oposições que nossos inimigos e opositores colocaram em nosso caminho...
Foi como se estivéssemos sendo degolados, executados e fuzilados em um campo de batalha.
Cansados, esgotados e partidos, vimos nossa mãe — Angola — deambulando pelas ruas, cidades e estradas, e, acima de tudo, desalojada dentro da sua própria terra.
Foi aí que eu vi, caí em mim e disse comigo mesmo:
"Em vão foi termos lutado por uma Angola livre, pacífica, justa e independente..."
Autor: Jack Indelével Wistaffyna
