Homem e Igual Lata uma Chuta a outra Cata
Hoje eu não vi o sol. Se escondeu antes que eu pudesse observá-lo, e na janela, entre o cinza dos prédios e as árvores, só poucos raios clareando o que eu chamo de mundo, inexistente na ausência da luz. Não somos nada, nem há como tentar ser, se inventamos luz artificial pelo medo que é permanecer no escuro. Há quem diga ser isso perturbação infantil, e erra. Queria saber como seria alguns dias se não houvesse o sol nem a lua, e as estrelas se escondessem de nossa presença de tal maneira que não houvesse distinção de espaço, cores. A energia humana falhasse e todos os esforços de produzi-la dessem em nada, tudo escuridão, escuro. Não voltaríamos a ser crianças, somente nós mesmos perdidos ao desespero e inutilidade, abraçando a incerteza do que nos reserva o próximo passo, a dúvida em redescobrir caminhos já gastados, mas nunca antes trilhados de olhos fechados.
Ligo o som, e aumento. Já faz algum tempo, não me recordo quanto, me perdi entre números que não faziam nenhum sentido. O que importa contar quando há uma voz de dentro que grita tão alto e, posso ouvi-la em qualquer lugar, mesmo com os dedos nos ouvidos e a música muito mais alta?
Confuso, andei em lugares estranhos e as pessoas me falavam de desejos que eu não tinha, e faziam coisas sem saber porque, diziam que eu deveria tentar, que perco tempo demais em descrições. Imaginei quantas histórias escondidas em todas aquelas marcas no rosto e no resto do corpo, diziam mais do que sua boca fechada, olhar devagar, apático, insinuando cansaço, entregue em rotinas que mandam pro inferno todo o mundo. Poderia por horas observar, reproduzir no papel o real sob a minha visão, e seria expulsar tantas lembranças que não se cansam de repetir e se juntar até formar tantos pensamentos desconexos, ou ligados de maneira que raramente entendo.
Decepção e solidão fazem parte de meus passos; e pra onde vai esse caminho? Eu queria anos atrás saber, antes de começar a caminhar, mas agora nem há como parar, já não consigo descansar, não sinto o ar. Já posso dizer que não importa tanto o passado, nem o que me fez chorar aqueles dias por dizer adeus. Eu tô deixando de ser eu pra ser alguém melhor, e talvez assim te reencontre.
Por mais forte que seja o sol, a noite sempre vem, escurecendo tudo que podemos ver e tocar. Até o conhecido se torna perigoso um segundo antes do alívio que antedece a certeza de que era desnecessário o receio - (mascaramos o medo de diversas formas e em palavras como essa). Na escuridão a visão se limita e compromete outros sentidos, que se aguçam na tentativa de ir mais longe. Tocar o impalpável, o fisicamente distante, o mentalmente inimaginável, mas que está lá, involuntariamente, e confunde, consequentemente entristece. Permanece a melancolia quando esses dois sentimentos se cansam de questionar, e não vem nenhuma resposta sequer.
É tentar explicar o inexplicável, ao risco grande de incoerências. No tempo curto indefinido é possível sentir em oposição amor, ódio, alegria, felicidade, mas a dor é somente a dor... não se engana, não se expulsa e nem se conceitua em racionalidade o que somente se sente. Variando a intensidade, mas sempre lá, imperceptível as vezes, acostumamos... Mas machuca quando nem esperamos, em datas que trazem lembranças, lugares que fazem reviver histórias, sons, gestos, olhares, palavras, o vento, céu cinza, a calçada molhada, chuva, poças... e até em detalhes banais estará o que acorda a dor presa dentro de nós.
O que pode ser além disso talvez não faça sentido depois. Bom seria poder repetir sabendo o errado, mas sem lembrar que errou. Um amor depois da dor não é igual ao primeiro amor. Algumas coisas na vida tem impacto tão grande sobre nós, que mesmo depois de tanto tempo só sabemos que nunca vai ser como antes. Minha chance passou, agora eu sou amor e dor.
Solidão é conversar em silêncio, não perguntar por não ter ninguém pra responder, já decorar essa resposta...
A melancolia da madrugada em versos simetricamente tristes, misteriosamente subsiste em ecoar nos meus ouvidos. Não há como correr do que vem de dentro. Qualquer canto não faz cessar o pranto se o choro é interior. Quem vai me dizer que o passado passou? Eu fiquei parado no tempo, disperso num instante, me perdi da vida.
Onde fica o lugar que posso voltar? E seria o futuro como se nunca te conhecesse ou fosse apenas mais uma. Destilo a agonia, insurreto, não sei se são rimas ou só um amontoado de palavras vazias. Posso descrever todos os problemas como posteriores a esse, e mais uma vez teu silêncio me ensurdece. Daria tudo pra adivinhar um pouco dos teus pensamentos agora ou nos momentos de solidão. Dentro de você eu não fui tanto assim, mas sei que tua vida impassível não fez esquecer-se de mim. Todos vagamos por aí à procura de um alguém, invejando os que podem falar e ouvir 'meu bem', é isso...
Desperdiçamos o amor, se esvaziou dos nossos corações e evaporou. Um vazio impreenchível, só o que restou. Quem pode me levar daqui? Me diz, se não for você, se não eu, eu vou fugir para o invisível além de mim. Parece inevitável...
Faz algum tempo que tudo é escuro por dentro e por fora.
Falam de amor e amizade como se existisse sinceridade
A fraqueza que me busca me enforca e maltrata
Do que foram tantos bons momentos e agora nada
Se muitas palavras não valem uma atitude
Pensei ser nossa amizade uma virtude
Mais do que as dores do coração por romances
A decepção foi ainda maior por não esperar
Como pode de tantos abraços não lembrar
As várias histórias de cumplicidade, não enxergava falsidade
A vida afasta as pessoas ou somos nós que nos afastamos
Cansei de te avisar por palavras ditas e escritas
O que eu me tornava não queria pra tua vida
Mas teu caminho foi mais curto e eu me culpo por te deixar
Distante fazia questão de me aproximar
Mas te perdia para presenças e emoções constantes
Me conhecia tão bem mas não se importou
Teu egoísmo te transformou, me machucou
Hoje o lamento e comodismo toma conta
Só posso seguir, sem lembrar, nunca esquecer
Tuas desculpas nunca vão me convencer
Prossigo a passos curtos para lugar nenhum
Por tantas vezes me entristeci em ser só mais um
Perdi a noção do que se faz segundos sem ti
E por mais que tente desses pensamentos não consigo fugir
Poderá o sol que aquece e clareia me dar razão pra esse dia?
Ou as nuvens ao céu, nunca paradas, dissipadas, inconstantes
Como a vida que se passa e nunca pára, dissonante
Eu só queria voltar e viver todos os anos em um segundo
Mesmo que todo o resto não se movesse
Te olharia e te tocaria, sem retribuição
E não seria tudo novo te querer sem reação
Me serviria como fuga desse meu mundo de aflição
Acho a crença indígena maravilhosa, eles são muitos sábios... Principalmente na arte da cura extraída da natureza.. A medicina deveria dar mais importância e atenção para esses tipos de tratamentos...Afinal todas as folhas que a natureza colocou ao nosso dispôr, tem alguma utilidade. Pra mim todas as curas das doenças do mundo estão nas folhas, nas flores.. Nessas criaturinhas tão cheio de vida, que podem salvar muitas...
Todo dia é dia de lembrar de quem amamos mas que já partiram... Mas hoje parece que por mais que não queremos a melancolia da saudade se faz mais presente... Quê as lagrimas daqueles que se diz sentir, seja verdadeira... De uma pessoa que foi presente, que deu valor, cuidou até o último instante, com a esperança de mudar aquele minuto de despedida... "Porque Amor verdadeiro é isso... Cuidado, presença, carinho..." O resto, é teatro...
A pior das magias negras, são essas pessoas que se aproximam da gente, contaminando tudo com sentimentos de inveja e falsidade!! Que consigamos ser Sol para iluminar esses corações com pelo menos um pouquinho de luz de amor... Que consigamos ter magia de ternura no olhar para afastar esse olhar sombrio em cima de nossas vidas... Que consigamos ter uma porção de doçura para adoçar essas almas negativas e inspirar, transformar, melhorar, curar todo esse coração de maldade em um coração mais humano e feliz!!
....E a(h)orta do seu coração se fez jardim...
Quando arranquei toda a dor... E plantei sementinhas de Amor perfeito e laços do amor...
Que minha esperança nunca se desbote...
Que não amarele as minhas folhas...
E que nenhum vendaval ou o Outono
Consiga desprende-la de mim..
Que a esperança nunca esqueça de renascer a cada dia no horizonte dos meus dias, para que eu nunca a perca de vista...
...E foi assim...Refazendo-me... Colando os meus cacos, costurando os meus retalhos, colorindo os meus dias cinzas, florescendo meus desertos... Virei obra de arte. Artista de mim mesma!!
E esse jeito só nosso de ver o mundo pelas lentes do amor... Com detales do Criador. Vê tudo com o coração e deixar transbordar e deslizar pelas mãos... Ver no canto dos pássaros a inspiração para uma nova canção. Nas asas das borboletas dois corações dançarem... Um "Pas de deux" talvez... Ou folhas coloridas soltas pelo ar. Vê que cada sorriso é tão precioso que parecem pérolas... Que quando o vento sopra forte é pra fazer as árvores e as flores dançarem sua melodia... Que as Mariposas, são noturnas, mas amam tanto a luz, que querem ir ao encontro da Lua, do sol e das estrelas... Que "Amor" rima com cor porque deixa a vida colorida, Cintilante, furta cor. E quando se vai mesmo assim existe cor... Um preto e branco, cinza nublado. E nesse observar de cada ser, compreendi nessas miudezas a grandeza de viver!!
... É que as vezes me desfaço dessas minhas "Armaduras" de mostrar que sou blindada dessa coisa que é o Amor!! E assim eu vou vivendo, disfarçando sentimentos, fingindo que nem ligo!! Mas todo mundo tem momento de carência e quando bate essa fraqueza a alma pede um pouquinho... Um pouquinho de atenção! O que a gente gosta mesmo é de ser lembrados, ser amados, ser mimados, abraçados e beijados.... A gente quer é o sentir... Sentir o coração batendo forte, sentir vida, alegria, emoção, a pele arrepiada, o toque... A gente precisa é de ternura, de doçura, de carinho, de cuidado, de colo e até de um cafuné... A gente precisa é de amor!!
...É que quando o Amor bate, a gente perde o rumo, a razão, o chão, a noção... Se perde nos pensamentos, a concentração...Nas horas, no tempo, nos olhos, no sorriso, no cheiro... Quando o amor bate se perde a explicação e o conceito... E o sujeito simples vira composto e com o oposto determinado!! Aí se acha nos braços, no mesmo espaço, se cria laços, no mesmo mundo.
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