Hölderlin
Quando eu era jovem, de manhã alegrava-me, / de noite chorava; hoje que sou mais velho, / começo duvidoso o meu dia, mas / sagrado e sereno é o seu fim.
A sujeição que na juventude e na idade madura nos penetra no coração e no espírito, o mau uso e a sufocação que impõe às nossas energias mais nobres, dão-nos um maravilhoso sentimento do valor que temos quando conseguimos apesar de tudo realizar os nossos melhores desejos.
É agradável quando seres iguais se unem, mas é divino quando um grande homem eleva para si quem é inferior a ele.
Às Parcas
Mais um verão, mais um outono, ó Parcas,
Para amadurecimento do meu canto
peço me concedais. Então, saciado
Do doce jôgo, o coração me morra.
Não sossegará no Orco a alma que em vida
Não teve a sua parte de divino.
Mas se em meu coração acontecesse
O sagrado, o que importa, o poema, um dia:
Teu silêncio entrarei, mundo das sombras,
Contente, ainda que as notas do meu canto
Não me acompanhem, que uma vez ao menos
Como os deuses vivi, nem mais desejo.
(Tradução de Manuel Bandeira)
Quando era jovem, de manhã alegrava-me, de noite chorava; hoje sou mais velho, começo duvidoso meu dia, mas sagrado e sereno é o seu fim.
"O que sempre fez do estado um verdadeiro inferno foram justamente as tentativas de torná-lo um paraíso."
é impossivel nos perdermos um do outro.Percorrerei os astros durante milenios, adotarei todas as formas, todas as linguagens da vida, para voltar a te encontrar uma vez mais
- Relacionados
- Poemas de Friedrich Hölderlin