Hoje quero Ouvir eu te Amo
“Eu amo alguém, alguém que só me faz sofrer. Você não sabe quem é ou por que, mas eu sofro por amar você.”
Amo viver, amo estar vivo. Que as feridas se transfigurem em lições, e que os olhares se aprofundem!
A MISSIONÁRIA QUE MORAVA EM MIM
por Diane Leite
Desde pequena eu sentia.
Antes de entender o mundo, eu já queria salvá-lo.
Disse que queria ser freira. Não por religião — por missão.
Eu queria me doar.
Queria dar meu tempo, meu dinheiro, meu colo.
E dei. Dei tudo.
Mesmo quando diziam que era burrice, que era exagero.
A minha alma sempre soube o que estava fazendo.
Trabalhei cedo. Dividi tudo o que ganhei.
Nunca me importei com o que voltava.
Porque, de algum jeito, o universo me devolvia em mágica.
Só deixou de devolver quando eu tentei ser racional.
Foi aí que tudo parou de fazer sentido.
Porque a mente mente.
E quando ela assume o volante, você esquece quem é.
Você passa a viver para caber.
E eu tentei caber.
Em festas que me esvaziavam.
Em jantares que me entediavam.
Com pessoas que não sabiam o que era dividir uma ideia, uma alma, um silêncio.
Enquanto elas bebiam até cair,
eu só queria uma conversa que me fizesse arrepiar o coração.
Mas sorria, fingia.
Voltava para casa sentindo que minha vida era uma fraude.
Como se todo mundo estivesse vivendo — menos eu.
Tinha tudo para parecer feliz.
Mas eu não estava lá.
Eu não estava em lugar nenhum.
Só seguia. Por medo de decepcionar. Por medo de estar sozinha.
Por medo de olhar no espelho e ver que eu me deixei para trás.
Me escondi no peso, na comida, nas desculpas.
102 kg de dor, de cansaço, de excesso de silêncio engolido.
Estava cercada. Mas sozinha.
Povoada de vozes, mas muda por dentro.
E aí eu parei.
Desabei.
Caí na minha própria alma.
Me tranquei do mundo.
Não por depressão — por reconstrução.
Porque se eu não morresse para aquilo, eu ia morrer de verdade.
Fiquei meses em cima da cama.
Pensando.
Chorando.
Escrevendo.
Ressuscitando partes minhas que tinham sido silenciadas para agradar os outros.
A criança que sonhava em mudar o mundo voltou.
Mas agora sem véu.
Agora com voz.
Agora com cicatriz.
Hoje eu não imploro mais por pertencimento.
Hoje eu não me encolho para caber.
Hoje eu olho nos olhos e digo:
Se não for pra me transbordar, me deixe com minha solitude. Ela me conhece melhor que qualquer multidão.
Não nasci para ser amada por todos.
Nasci para amar com força, com fé, com entrega.
Mas só onde há solo fértil.
Não rego mais terra seca.
Hoje eu sou a mulher que abracei depois que todo mundo foi embora.
Sou a mãe que meu filho precisava.
Sou a amiga que eu pedi a Deus.
Sou minha.
E isso… isso é sagrado.
"Ainda te amo muito, ainda te respeito um pouco.
-Por favor! não faça desse muito, "pouco" nem desse pouco NADA!"
☆Haredita Angel
Eu não te amo.
Mas, eu gosto tanto...
tanto de você...
Que sei lá!
De repente, pode até acontecer...
☆Haredita Angel
Está tudo bem, não se desculpe
Só de você estar ao meu lado é suficiente
Não faça isso
Não, tudo bem
Eu apenas irei ouvir como você se sente
Todas as luzes irão guiar o caminho
Se você me ouvir agora
Todos os medos vão desaparecer
Se você me ouvir agora
Nem sempre sei ouvir e nem sempre sei falar. Como consequência, aumentam as dificuldades na resolução de muitos problemas.
Costumamos ouvir que tudo tem o seu tempo. De fato. Todavia, o tempo do adeus é uma canção amarga, quando inevitável.
Seja seu próprio alicerce, pois ninguém consegue ouvir sua dor enquanto você desmorona silenciosamente.
Se você pensa que me conhece através do que ouviu falar, você não me conhece, você conhece a versão dos outros.
Sou mais que versões, meu universo é indescritível em constante evolução.
Minha visão de mundo é feita de experiências próprias e não de alheias opiniões.
Logo agora que precisava ouvir uma mentira, colocaram a figura mais honesta na minha frente. Mas que espelho estupido!