Hipopotamo com Alma de Anjo
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Nota: Trecho de "Ternura"
Limite
No limite, que permite, há beleza
nas linhas das histórias que surpreendem,
nos esforços que rompem certezas...
No limite de caminhos certos e incertos,
nas dúvidas, nas buscas e naquilo que cada um vive...
Então, se assim for, que o limite não nos limite,
que não nos faça consertar o outro,
nem saber se há caminho certo ou errado,
e que a liberdade - e só ela - determine como deve ser, viver… Quem sabe?
E que seja uma jornada sem fim,
de enredos sem fim,
oportunidades sem fim...
Que haja, no limite, o tempo para morarmos
nas casas da nossa infância,
nos cubículos da maturidade, nos ciclos de cada etapa…
Que haja convivência, nas moradas da vida,
com a importância – ou falta de importância – das nossas
necessidades tão boas quanto dolorosas... Ou não?
Que no limite haja superação,
solidão básica - sim, solidão – que é para sentir
o silêncio da alma, pertencimento...
Que o limite não nos limite de palavras que abençoam,
porque dizer é receber de volta tudo o que,
em algum momento, colocamos para fora...
Que o limite não banalize os dizeres...
Não nos limite nos sentimentos...
E que cada “limite-se” dê espaço ao amor,
a amar quem, cada um, ama de fato e de verdade...
Que o limite não nos limite
do encontro com quem se deseja estar…
Que não limite a quem conquistar e quando conquistar...
Que não nos limite ao engano, à falta de verdades,
aos afetos não correspondidos... Ao tempo e à ausência…
Que o limite apenas limite-se a nos permitir!
Não espere gratidão de quem você deu a mão, tenha sabedoria para entender que o reconhecimento é mais raro que a ingratidão.
Todas as dificuldades nascem a partir do momento em que você passa à acreditar que você não é capaz de fazer o que poderia ser capaz de fazer.
Ontem eu fui apresentada a um grande homem.
Pedi um conselho, ele simplesmente me olhou nos olhos e disse:
“A morte é o limite.”
Caminhou, olhou para trás e me acrescentou:
“Nunca desista daquilo que você não passaria um dia sem lembrar do quanto aquilo seria importante”.
Simplesmente fiquei sem palavras.
Nos olhávamos secamente. O olhar de duas almas desgatadas por sentimentos brandos, suores sem sal e cafés expresso. Porém, pela primeira vez, foi como se não nos olhássemos com os olhos, mas com o que há no fundo obscuro deles. Seria isso uma janela da alma, esta já tão enjoada de rótulos, de pretextos e mesmisses, ou apenas mais uma cavidade repleta de sangue, músculos e toda essa coisa qual a única finalidade é apodrecer?
Ele trazia um certo peso, uma certa tristeza estreitamente doce no olhar, que ao primeiro choque, a intrigou. Nem conquista, nem asco, e com certeza muito longe de desinteresse. Ela carregava uma beleza não estereotipada, e essa primeira impressão desceu suavemente pela sua garganta deixando seu gosto por onde passava. Lábios, boca, bochechas, gengivas, língua, garganta. Como um bom vinho. E alí, mesmo que de relance, mesmo antes de se tocarem, ele sentia que já a devorava, já a consumia e a fodia.
E pela janela do nosso quarto a água caía fina e desaritmada. E uma gota, intrusa, pequena e incessante pingava na nossa cama. Tarde demais pra perceber, tarde demais pra arrumar ou se importar. Não incomoda. Mas também não deixa em paz. Era a natureza cuspindo sua indiferença sobre nós. E nos fazendo lembrar quem existe pra quem. E sabe, não é de todo ruim ser insignificante. Talvez não viremos filmes de cinema, e talvez depois de nossa morte não sejamos lembrados pela humanidade. Mas você se importa? Pensei. Enquanto havia a colocado deitada, já sem roupa, e desenhava com minha barba em seu corpo como um andarilho qualquer que vai sem pressa nenhuma de chegar a lugar algum. Suspeitei que não se importasse, pelo modo como suas covinhas pareciam estar pintadas à mão em seu rosto, e nesta hora, pensei quão bom foi não estragar tudo dizendo algo ruim. Nem dizendo algo bom, ou dizendo qualquer coisa. Se o fizesse talvez não escutasse a sua respiração e perderia o ritmo do seu coração batendo prensado contra o meu.
E enquanto estávamos ali, brindando a nossa insignificância, o resto do mundo continuava girando, ignorando por completo aquelas duas almas de olhares desgastados, vivendo em épocas de amores brandos, suores sem sal e cafés expresso. E as gotas, naquele quarto, naquela cama, por sua vez, continuaram pingando exatamente do mesmo jeito. Porém, não mais só de chuva.
A esperança é o meu guia é o que me faz viver cada dia e principalmente cada noite, a esperança de que depois que você estiver longe dos meus olhos não será a última vez que olharei para você...
Desistir e seguir em frente as vezes pode ser o caminho mais sensato a seguir.
Sempre há um amanhã e a vida nos dá sempre mais uma oportunidade para fazermos a coisa certa.
O destino une e separa pessoas, mas mesmo ele sendo tão forte é incapaz de fazer com que esqueçamos pessoas que nos fizeram felizes...
Quantas pessoas você pode falar isso?
Quantas pessoas o fazem sentir raro, puro e especial?
Quantas pessoas o fazem sentir-se extraordinário?
Pode ser que eu tenha feito a escolha errada,
De ter cultivado um sentimento sem ser correspondido,
mas não me arrependo eu aceitei esse caminho
e para mim aquilo que vive com você foi especial.
Foram bons momentos, momentos que irei levar comigo muitos e muitos anos e que irão me fazer sorrir a cada vez que lembrar. Quando estava com você me sentia bem, alegre e sonhador e graça a você eu pode sentir pela primeira vez o sentimento de amar alguém... Obrigado.
Não temo ao que vejo, não suporto realidades escondidas, maquiagens bem feitas para disfarçar aparências, pessoas não inteiras, falsas e interesseiras, por amor a uma vida real, amar o que faz sorrir, odiar o que faz chorar.
As vezes um dia inteiro não supre todas as necessidades vitais planejadas, quão árdua é a tarefa de acumular o que planejamos para os dias seguintes, são atividades absurdamente ansiosas deixar para amanha o que se pode fazer hoje, quão viciosa é a atividade interminável do amanha, que a Deus pertence, que a experiência diária livre-nos de tudo aquilo que nos preocupa, os bons sonhos somente ocorrem quando atos se encaixam a fatos, quando a teoria ideológica torna-se a realidade prática, sonhar sem realizar é o mesmo que planejar sem contribuir.
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