Gosto do Perigo
Sentir saudades de quem não pode mais estar ao lado é afirmar que tal distância, no coração, jamais se deu!
A lei da reciprocidade é uma regra clara. Portanto nunca magoe uma alma, pois os dias são velozes bumerangues!
Quem não é suficientemente sábio para valorizar os presentes da vida, poderá ser condenado a um dia chamar de saudade o que hoje chama de rotina!
Eu concordo com menos de 10% de tudo que me chega aos ouvidos, porém respeito 100% de todo o seu conteúdo!
Minhas palavras são a energia de minha alma e a mensagem que exponho é o sol que me traduz. Razão porque não pronuncio a derrota mesmo em dias de infortúnio. Não proclamo o fracasso mesmo em fases de abatimento. Não desacato o amor mesmo em tempos desiludidos e não nego a Deus mesmo em crises de pouca fé!
O corpo não é nutrido pela beleza da toalha que cobre a mesa. Assim, a alma bem alimentada andará mais próxima de Deus do que das vaidades!
As intenções não falam e as ações gritam. Por isso, as reflexões antes do ato devem ser o dobro dos desejos guardados!
Rosas preferem morar na proximidade dos espinhos. Semelhantemente Deus é vizinho amoroso de todo coração sofrido!
A grande vantagem de ser abandonado por todos é que só então somos capazes de enxergar quem de fato é necessário!
Eu tenho verdadeira obsessão por originalidade e por ser diferente. Talvez por isso eu seja tão humano!
Um garoto voltava para casa, trazendo nas mãos uma bisnaga de pão. Alguém vendo a cena, parou o garoto e perguntou:
- O que você está trazendo aí, garoto?
E ele respondeu: - É pão!
- E onde você conseguiu isso?
- Foi ali no padeiro!
- E onde foi que o padeiro conseguiu o pão?
- Ué, ele mesmo fez.
- E fez de quê?
- Fez de trigo!
- E onde foi que ele conseguiu trigo?
- Só pode ter sido no moinho!
- E como foi que o moleiro conseguiu isso?
- Foi de um agricultor!
- E quem deu o trigo ao agricultor?
Como se um raio tivesse finalmente iluminado a mente do garoto, ele sorriu e disse:
- Foi Deus!
O adulto retornou à primeira pergunta, e de modo a não permitir outra conclusão:
- E então, garoto, quem te deu esse pão?
Pleno de convicção, o garoto respondeu: - Foi Deus!
Pr. João Soares da Fonseca
