Gostar de quem Mora longe
A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando
a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos,
mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Sozinha sou brisa leve
Sou calmaria
Sou nostalgia
Me leve
Me despe
Me faz tremer
Nos teus braços
Sou tempestade
Sou mar revolto
Sou fúria
Agora é tarde
Juntos somos terremoto
Maremoto
Somos vulcão em erupção
A vida é igual garimpo.
Não se percebe o diamante
numa primeira olhada.
Por ser muito parecido
com o cascalho,
corre o risco
de ser jogado fora.
Cascalhos e diamantes se parecem.
A única diferença é que o diamante
esconde o brilho sob as cascas
que o revestem.
É preciso lapidar.
Pessoas são como diamantes.
Corremos o risco de jogá-las fora
só porque não tivemos
a disposição
de olhá-las para além
de suas cascas.
E então, desperdiçamos
grandes riquezas
no exercício
de alimentar pobrezas.
Não vale muito o que dizemos, mas o que Deus nos revela e diz aos outros através de nós. Todas as palavras são inúteis, se não brotam do nosso íntimo.
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz
Nota: Trecho da música "Amor em paz"
Por trás de um olhar frio e calculista, uma mente brilhante e atitudes impactantes, existe um sofredor.
Agradeço às pessoas que me rejeitaram e me disseram não. Por causa delas, agi por mim mesmo e cheguei até aqui.
Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade.
Mulheres que habitam meu ser
Presa em meu vazio o silêncio ecoa na solidão
Sinto-me confusa em meio a tanta opressão
Não sei quem sou, muito menos o que quero
Só sei que presencio uma metamorfose,
E não consigo esconder o que realmente quero
Não vou mais brigar com minhas emoções
Não vou sufocar meus desejos
No meu intimo existe um conflito entre dois seres,
Um calmo e sereno outro estridente como um trovão
Um é a menina que fui pacata e serena
O outro é a mulher que chegarei a ser,
Essa ainda não conheço,
Mas percebo que é audaciosa e destemida
Um tanto tímida e ao mesmo tempo atrevida!
Enfim o ser que se forma é uma mescla dessas duas mulheres
Mulheres, que não conheço, mas que habitam meu perturbado ser.
Mulheres que precisam se harmonizar para que eu enfim possa viver!
As pessoas não debatem conteúdo, apenas os rótulos.
LISBON REVISITED
(1923)
Não: não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
- Ainda assim - disse o Espantalho -, quero um cérebro em vez de um coração; porque um tolo não saberia o que fazer com um coração se tivesse um.
- Fico com o coração - respondeu o Homem de Lata. - Porque cérebro não faz ninguém feliz, e a felicidade é a melhor coisa do mundo.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
Ser reacionário é reagir da maneira mais intransigente e hostil à ambição diabólica de mandar no mundo.
O amor é a alegria pelo bem; o bem é único fundamento do amor. Amar significa querer fazer o bem para alguém.
Tudo em volta induz à loucura, ao infantilismo, à exasperação imaginativa. Contra isso o estudo não basta. Tomem consciência da infecção moral e lutem, lutem, lutem pelo seu equilíbrio, pela sua maturidade, pela sua lucidez. Tenham a normalidade, a sanidade, a centralidade da psique como um ideal. Prometam a vocês mesmos ser personalidades fortes, bem estruturadas, serenas no meio da tempestade, prontas a vencer todos os obstáculos com a ajuda de Deus e de mais ninguém. Prometam SER e não apenas pedir, obter, sentir, desfrutar.
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