Genuíno

Por que trazer ilusionistas estrangeiros ao Brasil quando aqui já temos enganadores tão criativos?

A voz do torcedor brasileiro é a própria “Voz do Brasil”: quase ninguém ouve.

O mágico no Brasil é obrigado a tirar coelho de cesta básica.

O craque de futebol entra em campo pra dar bons tratos à bola.

No Brasil, empresas têm razão que a própria receita desconhece.

Quem é do signo de touro deve verificar, antes de sair, se a vaca já não foi pro brejo.

Há três coisas basilares para um cidadão francês: liberdade, igualdade e fraternidade; para o trabalhador brasileiro: sobre, vi, ver.

O surfista na crista da onda ganha sua vida a entrar num tubo e o surfista em cima do trem pode perder a sua ao entrar pelo cano.

Quando vamos ao supermercado não dá para saber se compraremos no atacado ou naquele que vai ser atacado ainda.

Não se pode acusar um músico de não ser de vanguarda só porque compôs uma marcha em ré.

Quem corre alcança, quem espera dança.

Um cheque up é aquele que você desiste de receber e joga pro alto.

Dieta: um programa que se deixa para amanhã quando se devia ter feito ontem.

Um tenista que vai a três metros para sacar não pode reclamar do serviço durante o voo.

Qual é o cão que ladra não morde?

Antes, o criminoso voltava ao local do crime; hoje nem sai mais de lá, já fica pro próximo.

No Brasil existe a constituição mais sucinta do mundo; contém três palavras: vale o escrito!

O árbitro de futebol tem um controle remoto, mas bem remoto da parte disciplinar de um jogo de futebol.

No Rio de Janeiro, na época das enchentes é comum se ver famílias inteiras vivendo sobre o mesmo teto.

A mediocridade é a equilibrista dos meios-termos, ponto médio entre o sublime e o profano, entre a obra de arte e o plágio, entre o êxtase e a decepção.