Perder o outro é perder uma parte de si, e a dor aperta o peito. Perder-se a si mesmo, no entanto, é desfazer a soma de todas as partes — é arrancar o peito com a própria dor.
A solidão não é ausência, mas espelho: nela se vê a extensão de si mesmo, e quem a encara descobre que todo conforto é apenas sombra diante da vastidão da própria existência.
É lamentável para qualquer um ter que ser si mesmo (e ainda mais, ser forçado a se vender). A cultura e a análise da cultura sãovaliosas na medida em que permitem uma fuga de nós mesmos.