Dia do Profissional de Letras: Mensagens para celebrar

Culpar o erro alheio é vestir a própria culpa com palavras de inocência,
mas os atos, silenciosos e honestos, sempre revelam a verdade.

Justificar a sua culpa no erro do outro é afirmar, em palavras, uma inocência que os atos desmentem.

Queria dizer algo que nunca tivesse sido dito, mas às vezes as palavras simplesmente não obedecem.

O desejo de ser original esbarra no limite das palavras que já existem.

O silêncio é a primeira língua da alma; nele repousam segredos e verdades que as palavras jamais alcançam. Senhor, dê-me a sabedoria suficiente para que no momento certo eu possa usar a minha primeira lingua.

Nada substitui um bom vocabulário e uma escrita refinada. Há algo de sedutor na arte das palavras bem ditas.

Há uma paz que não se aprende nos livros,
nem se explica em palavras humanas;
é a paz que vem de Deus, suave e eterna,
que toca a alma quando o mundo silencia.

Palavras doces ganham valor quando não são apenas palavras.

A experiência é meu patrimônio líquido, não se perde no mercado das palavras, rende decisões melhores a cada dia.

As palavras curam quando nascem da verdade.

O silêncio me salvou de palavras que não curavam.

Fui machucado por palavras, e curado pelo silêncio. O poder das palavras ferem, o silêncio curador ensina a escutar e a colocar remédio no tempo.

Mesmo quando faltam palavras, a presença divina é tradução de consolo.

Falo com a minha sombra como se fosse confissão. Ela não responde com palavras, mas conhece meus segredos. Permanece quando todos os outros vão, como testemunha muda. Às vezes a abraço e sinto que as coisas podem voltar a ser. Outras, a empurro e desejo que se torne apenas um traço.

Há palavras que têm o peso de pedras e outras, a leveza do lenço. Escolho as que abraço como lenços, para limpar, não para ferir. Dizer pode ser armas ou remédio, prefiro a medicina. Meu vocabulário tem dias de luta e dias de trégua. Aprendo a calibrar a voz como quem regula uma balança.

O silêncio bem usado é ferramenta precisa: afina o pensamento e sutura palavras que feriram.

Minhas palavras de alerta caíram como gotas de chuva silenciosas, incapazes de alcançar aqueles que eu tentava ensinar.

O aviso final foi transmitido pelo sussurro do letreiro, piscando as palavras que estavam se formando na noite.

Acordo com a sombra de um ontem na garganta, onde palavras não ditas fermentam como feridas abertas. Seguro o silêncio entre os dentes, conto as batidas do escuro, e aprendo que a esperança às vezes nasce de uma cicatriz que respira.

As palavras dos profetas estão escritas e gravadas nos muros e nos saguões, mas permanecem escondidas e sussurradas dentro dos sons do silêncio.