Chorando no vazio de um quarto escuro ...
O tempo é justo e cura feridas leves da vida ...
Deus do céu me livra do céu antes da minha hora, seja o meu guia senhor não quero flores em memória ...
A luz do fim do túnel apagou ...
Minha mãe falava,
E eu ouvia sereno,
O mundo é grande,
Mas a covardia o torna pequeno
O suéter é confortável pro executivo,
mesmo com o algodão colhido por mãos escravas de meninos.
Não me deram faculdade para eu me tornar doutor então a rua me transformou em um demônio rimador.
Tá rindo, quer dançar? Quer se divertir? O meu relato é sanguinário, playboy não vai curti.
As vezes descordo de Deus, tudo é sem sentido
Uns comprando uma ilha, outros rasgando lixo.
Eu sou o sangue e o defunto no chão da favela
A oração da tia sem comida
O mendigo com a perna cheia de ferida...Sou locutor do inferno até a morte... é uma gota de sangue em cada depoimento... Lamento versos sangrento.
O mundo cultua a idolatria do corpo perfeito
Joga no hospital psiquiátrico humano com defeito
Sem triagem, seleção, diagnóstico
Doente mental, físico, auditivo num depósito
Joga a última flor
Não chora quando o caixão partir
É a ponte levadiça do castelo triste
Se abaixando pra eu fugir🎪
Muitas vezes minha mãe me chamou de capeta.
No meio da malandragem solto fumaça.
O meu mundo me ensinou a ser assim.
Queria uma nave pra levar as crianças pro espaço, e só trazer quando os homens já tivessem se matado.
Deixei de lado Dorgival
pra escutar Projota e Facção Central.
"Um país se faz pela educação, quem planta arma colhe corpo no chão."
Não existe humanidade, juramento de Hipócrates
Quando o choque hipovolêmico sufoca o pobre
Ninguém se importa se eu me cubro com farinha de trigo,
tentando me clarear pra atender racista rico.