Não é nada, não se preocupe [...]... Layara Sarti

Não é nada, não se preocupe [...]

Disse ela, cansada de enganar a si mesmo, o som daquelas palavras saindo pela sua boca, irritava-a profundamente. Exausta de tantas coisas, de tantos problemas, tantos sonhos destruídos, felicidade roubada, amores que se foram, promessas falsas. Mas foi ela adiante, quase perdida em seu mundo recém criado, um lugar fora da órbita, por onde visitava sempre e pelas tarde de sábado era ali que ela gostava de passar o tempo, viajava, criava, imaginava, seu corpo estava presente jogada na cama, mas sua mente estava tão distante, tão longe. Era bobo dizer que a menina tinha seu próprio mundo, era cômico saber disso, mas era apenas isso que a aliviava. Mas de um súbito momento pôde ter ouvido a voz dele no seu mundo, ela sabia muito bem de quem era aquela voz, tão suave, começou a lembrar daqueles momentos, dos beijos doces, dos abraços, aqueles que ela tanto amava, aqueles que por mais que a situação fosse triste eles sempre estariam lá para protege-la, com esses pensamentos um broto de lágrima começou a nascer no olho esquerdo, ainda doía nela, senti saudades daquele tempo, das tardes, do amor, lamentava tanto por isso ter terminado, mas a pobre garota não podia fazer mais nada, já tinha passado, o único jeito de encontrá-lo novamente era em seus sonhos, então dormiu, com esperança de vê-lo, sentir, tocar, amar.