MONTANHA RUSSA Acordei com a mente num... Janaina Cavallin

MONTANHA RUSSA

Acordei com a mente num carrinho de montanha russa. O tico grita, o Teco se desespera, os outros neurônios empalidecem. Muitas informações, novos conceitos e a conclusão de que tem coisa que realmente amo e outras que amo odiar! E diversas que ainda não formulei valores ou que simplesmente desconheço.

Música por exemplo. Música é a expressão da alma, o reflexo dos sentidos, a manifestação pura das emoções. A música é um espelho do que estou sentindo... Meu ecleticismo é oriundo das tempestades do meu coração!!!
O meu humor define a trilha sonora do dia.

Amo música, navego na net ouvindo música, cozinho com o som nas alturas, até no banho o som tá ligado.

Estou escrevendo ao som de black Label Society...adorooooo.

E também ouvindo música, dou aquela espiada na vida: um pouco pela janela de casa, para ver se o sol está brilhando, se o dia está convidando a uma caminhada ou se a garoa fina chama para o sofá. As vezes espio a vida pela janela virtual, que se abre para tantos mundos. É encostada no parapeito dela que escrevo minhas palavrinhas.

E da janela percebi como tem gente que se acha, e definitivamente não se encontra.
Aquele tipo incapaz de perceber como somos, no âmago, absolutamente iguais. Precisamos, todos, respirar, comer, dormir, esvaziar a bexiga e o intestino... nos faz bem amar, ser amados, ter teto, conforto, nos sentir incluídos no contexto social, sorrir, flertar, sonhar. Precisamos da água da chuva, água para o banho, água para matar a sede. Sentimos dor, solidão, medo, tristeza, felicidade, saudade. Todos, absolutamente todos.

E tem alguém que acha que pode ser melhor que eu? que nós? Por que?
Dinheiro, posição, beleza, popularidade, fama, enfim...pode apontar qualquer motivo que lhe digo que não somos melhores ou piores uns dos outros, somos somente diferentes!

E ninguém deveria fugir do que é diferente, é uma chance de aprender, conhecer, se reciclar.

Tem muita gente nas janelinhas da nossa vida que precisam encontrar a essencia real dos seres humanos nas mais diversas cores que se apresentam, na gama de idéias e bagagens que cada um de nós possui. Despidos de preconceitos, de rótulos e de sermões...

Amo odiar preconceito. Amo odiar qualquer idéia pré-concebida, qualquer teoria separatista e qualquer frase que afirme que um mortal possa ser melhor que outro.

Amo a vida, mesmo os dias em preto e branco, amo ser eu mesma e amo as pessoas que me aceitam assim, sem querer mudar, julgar ou "fugir". Mas para estas ultimas, amo dizer o que elas tem mais que eu. Elas tem mais é que se f....

O resto é deixar correr a viagem... leve, livre e boa, como sempre.

Sou intrépida, não aprendi ousadia com covardes e não são eles que vão me tirar. Continuo audaz o suficiente para arcar com as dores e as delícias de ser eu mesma.

Como a música da maravilhosa Ana Carolina, "não mudo minha postura só para te agradar"... mas posso mudar, de acordo com as experiências da minha vida... por que " não tenho vergonha de mudar de opinião, por que não tenho vergonha de pensar" Pascal.

É isso, agora vou aproveitar as curvas da montanha russa, altos e baixos com friozinho na barriga.