Sobre alguns questionamentos E o novo... Grayce Kelly Xavier (Plin...

Sobre alguns questionamentos

E o novo sempre vem, independente das amarras que lhe prenderem ao velho.

Deve- se aprender que tudo acaba. As coisas tem prazo. As relações não são eternas e e as pessoas e sentimentos nem sempre são verdadeiros.

A dificuldade é percebida quando as coisas e pessoas se vão e os sentimentos permanecem… se cristalizam no coração e passam a agir como uma faca a cortá- lo lenta e diariamente.

Os mais velhos costumam dizer que o tempo é o senhor da razão e que ele tem o poder de curar tudo. Todas as dores, todas as mágoas… cicatrizar as feridas.

É doloroso ver que o tempo em alguns casos serve apenas para consolidar uma sensação de incompletude e mostrar que parte do passado que ainda tem poder de atormentar sonhos foi em sua maioria uma grande mentira e que tudo foi “inventado” por um sonhador.

O inconsciente as vezes pode se sobrepor ao racional, o coração pode interferir na mente e criar de imagens do que nunca foi, mas que poderia ter sido tão lindo.

É quando não se consegue conter as lágrimas e faz- se alguns questionamentos inexplicáveis.

Há dias em que os “por quês” não deixam o sonhador em paz.

Ele não entende porque as coisas não deram certo, porque tudo fugiu do seu controle e nada aconteceu como planejado, como prometido.

Vê- se a dor em sua face nestes dias… Vê- se o sentimento que ainda não abandonou aquele coração.

No entanto o novo sempre vem e a vida não costuma parar enquanto alguém sofre.

As coisas continuam e arrastam quem não tem controle sobre si. Uma das maravilhosas funções do novo é fazer entender que a despeito de qualquer sentimento, de qualquer situação vivida, tudo sempre passa, tudo sempre acaba e novas situações e pessoas chegam.

É quando o sonhador percebe que não vale a pena viver de sonhos. É bem mais cômodo viver de maneira prática, real, com pessoas reais.

O inconsciente não deve ser externado… e quanto ao passado? Deve- se esquecê- lo, fazer de tudo para isto.

Não verbaliza- lo… deixá- lo morrer. E deixar o tal tempo agir. Quem sabe em mais um ano…