Incompreensível Vou confessar que: Eu... Cris fox

Incompreensível

Vou confessar que: Eu sou uma chata às vezes, falo sem parar, brigo sem motivos, e grito por qualquer coisa. Incomodo quem eu não gosto. Julgo pessoas por julgarem as outras. Durmo de bruço. Tem horas que sou infantil. Odeio estar errada. Acho muito feio pedir desculpas. Odeio a rotina um pouco mais que pentear os cabelos. Ronco a noite. Digo que tenho 14 anos, quando, na verdade, eu tenho 16. Eu fofoco. Odeio cozinhar. Não obedeço meus pais nem tenho um bom relacionamento com eles. Areo panelas, que ficam parecendo espelhos. Sinto saudades dos bons momentos que vivi com os meus melhores amigos. Odeio fanáticos religiosos. Odeio gente sem opinião. Minto e muito. Falo palavrões mais que o normal. Eu também já fui infiel. Sempre durmo depois das 23:00. Às vezes o ego me cega. Não sei preparar café. Fico horas no telefone. Peço pra sair com aquele gatinho que me interessou. E gosto de atenção o tempo todo. Faço as coisas bem feitas pra ganhar elogios. Eu sou pervertida. Canto mal e desafinada, e sei disso. Odeio Física e Química. Choro pelo menos uma vez no mês, principalmente quando ta frio. Nunca fui santa. Nem sou virgem. Falo errado por simples preguiça de falar certo. Me mostro forte, mas na verdade sou muito mais fraca do que se vê. Às vezes não tomo uma decisão com medo de não ter ninguém pra me ajudar se eu fracassar. É, eu também ensaio reclamações. Eu não presto a atenção naquilo que eu não gosto, sobretudo nas aulas de matemática. Odeio aquelas menininhas boazinhas, patricinhas e cheia de frescuras. Vivo magoando quem me ama, e me preocupando com quem não quer saber de mim. Tem dias que quero falar mal dos outros, falo, e falo muito. Sinto vergonha de contar erros da minha vida. E escondo milhões de segredos. Odeio ser criticada. Tem momentos que me acho superior. Às vezes me acho burra, feia, e idiota. Sempre dou conselhos e resolvo os problemas dos outros, enquanto os meus só aumentam. Até aqui, eu te disse coisas sobre mim, pensamentos e sentimentos, Confesso que vivo escrevendo sobre mim, mas sempre sei que no final ninguém vai me entender, porque eu sou incompreensível.