Vamos fazer um Ano Novo? A passagem de... Pietro Kallef

Vamos fazer um Ano Novo?

A passagem de ano não é um divisor de águas, uma mudança forçada e muito menos remissão e perdão instantâneo, é apenas uma regra cronológica e padrão. Por que esperar trinta e um de dezembro à meia noite para ligar a entes queridos afastados e que por algum motivo deixaram de se falar, para dizer que ama aquele alguém que tanto lhe estimava e você o feriu com o silêncio e a dúvida, para dar um abraço apertado em um grande amigo e dizer o quanto ele é importante, para vestir aquela roupa nova e desejar com fé que seus sonhos irão se realizar, para começar a fazer uma academia e levar a sério aquele regime que tanto precisa, para se desfazer de coisas que não lhe servem mais e não são úteis, para praticar o desapego material, para dar presentes e escrever um cartão com sentimentos, para reunir toda a família e se sentarem juntos à mesa e se olharem com ternura, para pedir paz e menos violência, para refletir sobre seus erros e perdir perdão, para conversar com seu filho e ouvir o que ele tem para te dizer, para sair mais cedo do trabalho e passar em uma floricultura e surpreender alguém e recuperar algo considerado irrecuperável, para acordar mais cedo e ver o sol nascer, para começar um curso novo que acrescente no seu crescimento profissional e pessoal, para aprender a se motivar com algo sólido e possível, para viajar e conhecer pessoas e lugares diferentes e ter do que se lembrar, para acreditar que sonhos são reais independentes do tempo que possa levar para se concretizarem e para se encontrar com Deus e agradecer por todas as bençãos e conquistas diárias. Façamos tudo o que há para ser feito durante o decorrer do ano e da vida, não esperemos até a explosão dos fogos de artifício, pois, talvez não estejamos lá para dedicar todos esses projetos e remissões, ou então, as pessoas que amamos já podem ter partido e desperdiçamos a grande oportunidade de sermos mais humanos. Este é o momento e pode parecer clichê o que irei dizer, mas, o amanhã é incerto e improvável. Feliz 2011 e entre sutis sons emanados das taças de champagne e da energia renascentista que exala de nossas almas, acredite que a grande virada pode ser dada hoje, basta empenharmos o mesmo sentimento contagiante do Ano Novo no simples agora que nos pertence.