Olha que engraçado, estou tocando meu... Andressa Moreira

Olha que engraçado, estou tocando meu violão pra você. E teus olhos bobos admira aquele breve momento, aquela velha casa. Eu estava voando para longe, tentando alcançar seu coração fingindo uma voz doce naquela canção a meia noite, diante da lua cheia, aquela lua que você me ensinou como fazer para que ela parecesse ser menor que todas as coisa do mundo quando quis indagar as minhas dúvidas do porque a lua, nascia tão grande e quando estava no céu era tão pequena. Todas as cartas que escrevi para você, esperando um retorno de alguma palavra relacionada à duas semanas em que passamos juntos, retornaram no vazio da madrugada silenciosa trazendo o medo de nunca mais poder está tão perto de você. Me perdoe pela última vez em que escrevi me despedindo de vez, jurando nunca mais voltar, porque essa foi a minha decisão, o meu jeito de te esquecer e acabar com as esperanças que me restava para que suas cartas pudessem chegar até mim. O que não escrevi foi que em algum momento eu estarei só novamente, talvez um dia você entenda, quem sabe até retorne. Vou ficar por aqui tentando esconder a lua, como você me ensinou. Histórias, nossas histórias... Aquela carta que eu esperei chegar durante meses e meses, passando verões, tardes frias e folhas secas, aquela carta não vinha e não era dificil dizer em palavras que esse amor era raro e que o vento não poderia levar. Eu esperava um "me espera, eu já estou indo, ficará tudo bem, vai dar tudo certo". Já você, pode ficar tranquilo, porque não tem espera, mas mesmo assim eu digo: não vá embora, porque se for, levará uma parte de mim, que é você. E eu quero que ela fique.