As pessoas não podem me culpar de olhar... Aleex Zalache

As pessoas não podem me culpar de olhar para o céu às vezes quando sinto que a solidão me pegou em um abraço apertado. É nele que eu acabo achando o que acaba escapulindo da minha mente e dança pelas nuvens do céu, ao leve deslizar da brisa do mar. E então vem o vento… tento… tempo.

Sinto que o tempo não é apenas uma quarta dimensão: ele é mais que isso, e todos nós sabemos disso.

Como eu posso definir o tempo enquanto estávamos juntos?

O tempo era tão imensurável quando estávamos ao lado um do outro. Desde a sensação de o tempo estar parado quando nossos lábios se tocavam, até o momento em que estávamos deitado ao pé de uma árvore.

Lembro de quão desconexo ele poderia parecer para nós. Ele passava rápido quando estávamos nos divertindo. Ele passava devagar quando eu fitava impaciente o relógio na parede, enquanto seus ponteiros se moviam lentamente, em uma sentença que parecia me matar.

Mas logo o tempo muda…

E como muda.

Agora o tempo é infinito, mas em perspectiva de outro olhar. Agora que o amor se foi, o tempo só serve de domicílio, onde eu vejo algumas lembranças alegres que tivemos, passarem ininterruptamente. Algumas vezes elas pulam da brisa e acariciam meu rosto. Posso ouvi-las sussurrar:

- Você foi burro demais.

- Você deixou a felicidade escapar de você, como se fosse um copo de vidro molhado que escorrega das mãos de um descuidado. Sinto muito: sofra agora por isso.

Então estou aqui, com os braços abertos e perguntando a mim mesmo “Por quê?”. Por que você tinha que ir? Por que nossas decisões são tão radicais?



Por que o que parece eterno tem que ter um fim?

Não sei… realmente não sei.

Mas o tempo… tento… vento… tento… tempo… O tempo é mais relativamente pessoal do que apenas a palavra “Relativo”. A eternidade que eu sofro hoje pode ser o tempo passando rápido de felicidade para você.

Sincera e honestamente, não entendo.

Só quero que a dor tenha um fim.