Não é fácil me descrever, por isso... Charlotte Saint

Não é fácil me descrever, por isso sempre digo a todos “me veja, converse comigo, e tire suas próprias conclusões”, não queria começar a falar sobre minha pessoa, com aquelas simples palavras “eu sou”, “eu faço”, “eu tenho” e por aí vai, queria realmente poder acabar com esses verbos tão clichês, mas sabe qual é o problema? Sem eles eu não vou conseguir me descrever, nem pela metade, então vamos ao que interessa.
Não gosto de ser observada, muito menos vigiada, preciso de espaço, e digo isso de todas às maneiras possíveis, não sou intrometida, não sei dar conselhos, minha sinceridade pode entristecer sua vida, vejo o mundo de forma realista, sou radical e teimosa, não existe meio termo, ou se faz direito ou não faz, organizada, perfeccionista, fria e calculista, mentira fria talvez, mas calculista, não mesmo, não falo com quem não me interessa, odeio hipocrisia e cinismo, apesar de me utilizar deste, quando quero ser irônica.
Gosto do incomum, daquilo que não existe, o melhor lugar do mundo? É tão bom que foge de mim, pois ainda não o encontrei, pergunto se você está bem apenas uma vez, sei escutar, sem interromper, não me deixo levar pela aparência, não sou filantropa, só ajudo a quem amo, não sei falar sobre meus sentimentos, ou seja, não peça para me declarar, isso realmente não dará certo, meu silêncio vale mais que uma palavra, meu olhar, não esconde o que gostaria de esconder, se te odeio é porque você não merece que te ame, não me valorizo, sou otimista com amigos, já comigo mesma...
Sou estranha, e adoro isso, não faço questão de ser normal, não me importa com a opinião do próximo, pois já me importei demais com isso, não digo o que penso, porque sei que pode machucar, sou calada, tímida, e tenho vergonha alheia, você já parou para olhar esse mundo hoje? Cara... É de arrepiar, tanta babaquice, não sou patriota, gosto de aprender sempre muito mais sobre os distúrbios mentais, já cheguei a pensar que talvez fosse um projeto de psicopata.