- Eu não peço desculpa por nada,... Eduarda Morgado

- Eu não peço desculpa por nada, talvez eu agradeça. Agradeço a tais acontecimentos que me fizeram enxergar muitas coisas, e certas pessoas que protagonizaram eles. Obrigada as pessoas falsas e sinceras. Vejo hoje que ninguém é totalmente confiável, muito menos eu mesma. E nas poucas pessoas que confio, ainda assim tenho que manter meu cuidado. Eu sou minha pior inimiga, e quem sabe minha melhor amiga. Quando olho pra frente, agora, olho com mais clareza as coisas. Eu realmente estava sofrendo? Ou eu estava com medo? Era medo, medo de perder a poesia e a música que criei dentro de mim, medo de me perder de quem eu sou, ou queria ser, ou quem eu queria que as pessoas vissem que sou. Não era amor, de fato, era costume. Eu estava tão acostumada a somente amar uma coisa, adorar uma só coisa que achei que aquilo fosse realmente necessário acima de tudo. Tudo ficou mais claro quando eu descobri que não preciso viver de um costume, posso criar outros e me adaptar a eles, e de preferência, os bons. Não me refiro aos bons costumes da sociedade, e sim os bons costumes que constroem um caráter digno.

Ninguém precisa de amor pra ser feliz, alguns mentalizam isso, mas não precisam. As pessoas constroem em outras pessoas sonhos, sem realmente saber se elas mesmas são capazes de realizá-los.

Não tenho nada a oferecer além da minha companhia e da minha tentativa de sinceridade, mas a verdade é que enquanto eu tentar ser algo pra você, eu também estarei tentando ser algo pra mim, e tentando te tornar algo pra mim.

Grandes sonhos são feitos de grandes quedas, mas grandes quedas são feitas de grandes lições.