Somos todos camaleões Pela procura do... Eduardo Succini

Somos todos camaleões

Pela procura do que somos, nos escravizamos no mundo sombrio e sem respostas. Tornamo-nos reféns, possuidores de um olhar medroso e sem horizontes.

Este olhar fixo parte da alma, que sem resposta, não se reconhece eterna na busca do equilíbrio como camaleões, alternando sentimentos, como se fossem cores, a cada nova sensação e vivência, experimentamos o cotidiano de alegrias, tristezas e aflições.

É a nossa bagagem, que nos torna a moldura do que seremos no futuro. O olhar fixo para o horizonte, aparentemente sem respostas, não existirá mais, à medida que passarmos a ser independente de nós mesmos. Enquanto este dia não chega, continuamos a ter este olhar profundo, fixo, às vezes tristes, questionador, contemplativo. Sem enxergarmos nada ou muito pouco.

Este olhar pede respostas, que não estamos prontos para entender. Não temos capacidades para tê-las.

Então continuemos a viver a vida, feito camaleões, mudando de cor, a cada sentimento inexplicado que possuímos, ou que somos invariavelmente dominados.