Por tudo o que até hoje já vi e... Wendel Gomes Ferri

Por tudo o que até hoje já vi e conheço, realmente torna-se difícil para mim a tentativa de compreender o teor das objetivações por meio das quais todos nós definimos certos tipos de condutas, mas acredito que as respostas de nossos verdadeiros questionamentos estão em coisas realmente impossíveis de serem vistas, mas talvez fáceis de serem entendidas, porém, nós, Seres Humanos, supostamente racionais, totalmente imperfeitos e complexos à maneira que somos, fazemos questão de atrapalhar nossa felicidade com questionamentos rudes e banais afim de saciar egos e vaidades incalculáveis, que ao ver do Poder, deveras, não representam nada. Talvez, devêssemos aprender; aliás, temos a obrigação de aceitar que as maravilhosas coisas que podem acontecer em nossas vidas, estão todas elas bem debaixo de nossos olhos. Olhamos de um lado para o outro procurando explicações, mas, na verdade, não existe explicação para nada; tudo é muito simples, elementar. O grande desafio de nossas vidas é o de aprender a aceitar e a respeitar a diversidade de opiniões das pessoas que estão ao nosso redor. Importante é sempre pensar em tudo o que se for executar a partir daquilo que tomamos ou concebemos ao mundo como verdades, posto que até mesmo o mais doce e sábio dos lábios pode ser parcial e, sobremaneira, traiçoeiro. Talvez, por conta de nossas tolas emoções, não estejamos sabendo transformar nossos sonhos em realidade. Não tenho certeza de nada, afinal, nada sei. Mas a vida é assim mesmo. Ganhamos e perdemos, por isso, devemos procurar sair do buraco da amargura e da dor, com a cabeça erguida e os olhos adiante porque todas as coisas nesta vida, materiais ou não, e por mais que sejam harmônicas, sincrônicas, cogitadas perfeitas ou mesmo belas, tendem a um fim, o que me parece consistir na obrigatoriedade de um ciclo que se deseja invariavelmente cumprir. Assim, a rosa, tendo um dia sido percebida de um enorme brilho em suas pétalas, perderá, à razão e vazão do tempo, a vitalidade de suas cores e toda a sua capacidade de ser bela, fato que desperta diante de nossos olhos agonia similar àquela observada diante da frustração de um pássaro que, na falta de uma de suas asas, não pode cruzar o céu, como de costume. Mas, de uma maneira otimista, como me é característico, costumo pensar que todos os anos, com a chegada do inverno, mesmo que nos vejamos tocados por uma espécie peculiar de melancólica tristeza após a atenta observância ao movimento descrito pelas folhas latentes e podres, as quais caem das árvores em direção ao chão e cujos destinos conceber-se-ão à mercê da vontade do vento, não nos permitimos chorar diante da certeza de que a primavera chegará para revitalizar tudo - de modo que nunca o colorido em nossos olhos se apague. Sorrir é importante; a resiliência, imprescindível.
Entendam que o mundo não gira ao nosso redor; somos nós que, dispostos desordenadamente a sua superfície, giramos junto com ele. A inteligência não reside na materialização dos fins, ela irrompe e abraça a execução criativa dos meios, então, pois, esqueçamos as pequenas coisas mortificantes e direcionemo-nos no sentido da busca por um melhor explendor. "Só a justa medida do tempo, dá a justa natureza das coisas"...