Oi, desculpe, mas tomei a liberdade de... Thamyris Brito

Oi, desculpe, mas tomei a liberdade de usar o seu nome, a nossa história e o que vivemos para escrever e publicar um capítulo da minha história. O seu nome é o título e o que aconteceu entre agente é a história.

Victor

Natal de 2006, você pediu pra conversar comigo eu relutante disse que não. Você insistiu até que por fim eu aceitei conversar com você.
Nessa época eu gostava de uma pessoa, mas a mesma não tava nem aí, pode se dizer assim, por essa razão você me impôs a te dar uma chance, já que não era nada de mais, era somente uma conversa. Eu aceitei. Marcamos e no final de semana seguinte nos encontramos, você foi me buscar no trabalho. Ficamos e você combinou comigo de irmos a uma inauguração de uma boate, acabou que não fomos e você me deu o meu 1º bolo. Eu fiquei muito “puta”, ainda mais por não ter ouvido de você nenhuma explicação. Passados os dias, voltando do trabalho, encontro você na moto com outra pessoa na garupa, quando você me viu me deu um “oi” muito sem graça, deixei rolar...
O tempo passou e um dia, sem explicação, você me deixa um depoimento me pedindo desculpas e assumindo que havia errado, ali começava a nossa historia, mas nenhum dos dois sabia disso. Você novamente me convidou para sair, e eu aceitei.
De inicio íamos ao Kabana, mas por capricho do destino não conseguimos entrar porque estava muito cheio (Um fato que eu não sei se você sabe: O Cleiton naquele dia estava lá, eu acho que você não o viu.) e acabamos indo pro Fórmula do Gol.
No fórmula você apagou o cigarro e não bebeu mais (depois que eu disse que queria isso de você). Saímos pra ficarmos a sós. Paramos em frente ao antigo Pagode e ficamos por algum tempo ali (Fato: Você dormiu nesse dia.), voltei pra casa achando que no dia seguinte não haveria mais nada. Engano meu, voltando da praia você me liga, brincando/brigando porque eu não tinha te chamado pra ir à praia, passado esse fato você me convidou pra ir a uma festa que estava rolando no Formula, aceitei, mas no final acabou que não fomos você brigou com seus pais... Ah nesse dia você me pediu em namoro e eu te disse que era muito cedo pra namorarmos e você me deu uma semana pra pensar no assunto. Eu aceitei no dia 14 de setembro, domingo.
Durante a semana minha primeira surpresa: você me convidou pra jantar e fomos ao Big Batata. Na volta nós paramos na sua casa e você me apresentou aos seus pais, lembro que tremia de nervoso (rsrsrs).
As semanas foram passando e agente foi descobrindo aos poucos cada detalhe um do outro, cada história, cada machucado e eu fui vendo uma pessoa totalmente diferente daquela que me descreviam, eu fui vendo um garoto que por força do destino se tornou um homem, uma pessoa que eu poderia amar e confiar.
No início as brigas não existiam e os elogios eram quase que diários. Felicidade era pouco pra descrever o que eu tava sentindo naquele momento.
Você passou a me ensinar coisas, boas e maldosas, a me mostrar coisas e a querer coisas. Fui com você, não sabia e não queria te dizer não. Te aceitei, te quis, me entreguei ...
Tudo na minha vida havia mudado, eu deixei de aceitar tudo o que os meus pais falavam, eu comecei a bater de frente com as pessoas em seu nome, em nome do que eu acreditava ser AMOR.
Tudo passou a ser você, você era a minha felicidade e a minha tristeza, a minha fome, o meu humor, as minhas quedas e as minha superações. Eu encontrei em que eu menos esperava um porto seguro.
Encontrei a fuga das minhas monotonias e dos meus acertos em seus braços, em seus beijos e no seu sorriso. Eu havia encontrado o inferno que eu tava esperando, eu tinha encontrado a vida.
As coisas começaram a mudar, eu comecei a querer coisas, já que eu tava te dando. Eu comecei a querer carinho sem precisar pedir, eu comecei a querer a sua presença sem motivos eu comecei a falar, a brigar e a querer terminar.
Os risos se transformaram em lágrimas, as palavras doces se transformaram em palavras amargas, o que nos unia começou a nos separar. Foram tantas brigas em tão pouco tempo, mais tantas reconciliações em tão poucas brigas.
Eu não tinha aprendido a te dizer ADEUS eu, ainda, não sabia te deixar, eu não tinha coragem de te fazer sofrer. Eu lutei, me esforcei, tentei, mas nada adiantou porque no fim quem me disse ADEUS, quem soube me deixar foi VOCÊ.

O Fim.

Dia 23 de março de 2009, à noite, no carro, você terminou comigo, ali começava o meu sofrimento.
Entre tantas coisas que você disse, entre tantas coisas que passaram na minha cabeça, entre tantas lágrimas, o que me chamou mais a atenção foi o fato de você não querer mais me beijar e mais ainda você não me olhou mais nos olhos. Eu sai do carro, fui para o meu quarto, me sentei na cama e as lágrimas que já haviam encerrado começaram a jorrar novamente. Eu pensei, absorvi e analisei cada palavra e cada expressão que você fez. Adormeci. Sonhei com você, sonhei com a gente.
Acordei, levantei, mas meu corpo e minha alma estavam tão pesados que me impediram de continuar de pé. Voltei para cama e te liguei, talvez na esperança de um arrependimento, de uma reconciliação, mas nada disso aconteceu e o só o que eu ouvi foi a confirmação de tudo que havia acontecido na noite anterior.
Sai, fui pra rua, mas nem os óculos escuros escondiam a minha tristeza, as lágrimas eram teimosas e insistiam em descer, e cada vez mais elas me faziam lembrar você. Esse foi o dia mais longo da minha vida.
Passado o dia resolvi não ter mais nada pra lembrar da gente, não queria sentir mais nada por você, queria na verdade te ODIAR, mas a reação seguinte ao meu ato foi mais que uma surpresa, foi um incomodo. Como você teve coragem de me pergunta se eu já havia te esquecido, se eu já havia esquecido o amor? Sem resposta.
Por obra do destino te encontro e também por sapequice do mesmo o meu telefone toca. A sua curiosidade te entregou e o seu ciúme falou mais alto que o seu orgulho e não te impediu de escrever o que você me escreveu. A pior coisa que se pode fazer é dar esperança a um coração machucado, e foi isso que aconteceu, realidade dada e esperança tomada.
Tentei tornar as coisas entre agente amigável, mas tudo o que eu ouvia era arrogância e grosserias que por fim desisti, já não era o seu amor, e não fazia questão de ser sua amiga, mas isso não te agradou a ponto de você me chamar de criança, a ponto de você criticar a minha atitude e decisão, passou.
Hoje, 04 de abril de 2009 vejo com clareza todas as coisas, vejo que tantos foram os avisos e tantos foram os esforços, mas nada impediu que o fim chegasse e ele chegou, agora não só por sua parte como também da minha. Eu quero levar comigo as coisas boa que aconteceram entre agente, quero sentir saudade, não de você, mas da felicidade que eu tive ao seu lado, hoje eu não vou tomar mais minha dose de você.

Pra terminar obrigado por me fazer perceber que eu sou bem mais forte que eu pensava e que eu tenho uma mãe e uma família que me amam de coração e que o sofrimento faz parte do aprendizado da vida e que ser adulto é bem mais que responsabilidades é negar os seus impulsos, hoje eu nego, eu nego o meu impulso de te amar.