Vou te cantar esta canção. Quando canto eu penso em ti. Quando...

Vou te cantar esta canção.


Quando canto eu penso em ti.

Quando finjo que beijo ao olhar o meu reflexo no espelho eu penso em ti.

Quando eu danço sozinha, eu penso em tuas mãos me afagando,
Penso que me agarras para eu não fugir e cantas-me baixinho a minha canção, a canção que fiz para ti.
Como um murmúrios de amor que almejam em ti.

Quando caio no meu leito,
Penso em ti, ansiando o ímpeto dos teus braços.

Eu penso em ti.

Quando miro o sol, penso em ti,
que estás ao meu lado, aspirando comigo, sonhos idênticos
E sentes o calor que me aquece o coração.

Mas, quando deixo de cantar, eu penso em mim!

Quando acordo desta ilusão, vejo que não passa de uma louca paixão.
Repleta de egoísmo e do revigoro da rejeição.

Então recomeço a cantar, mas para quem ainda não me amou.

Para quem ainda não me olhou, para quem ainda não me encontrou.

Mas persisto em cantar, como um cântico da flauta.

Ate chegar ao coração do meu amor, aquele que me há-de pertencer por direito.

E olho esta canção como o fim. E como o derradeiro de ti, como uma despedida,
do que nunca vi em ti
Do amor que nunca senti.

Esta canção passará a ser para um vindouro amor, a nova letra da minha canção.

O endereço certo e límpido do meu coração.