Sereno, entrelaço os dedos e espero;... (Jonh Burroughs)
Sereno, entrelaço os dedos e espero; 
Sem me importar com ventos, maré ou mar; 
Não me enfureço mais contra o tempo ou o destino; 
Pois veja.; o que e meu a mim virá. 
Interrompo a minha pressa, faço delongas; 
Pois de que me serve essa marcha apressada? 
Ergo-me em meio aos caminhos eternos; 
E o que é meu conhecerá o meu rosto. 
Adormecido, desperto, de noite ou de dia; 
Os amigos que procuro, procuram a mim; 
Nenhum vento pode impelir meu barco para fora do caminho; 
Nem mudar a maré do destino. 
O que importa se estou só? 
Espero com alegria os anos que virão; 
Meu coração colherá onde foi semeado; 
E armazenará seus frutos de lágrima. 
As águas conhecem o que é seu e dão nascimento; 
Ao córrrego que jorra de grande altura; 
Assim flui o bem com lei igual; 
Rumo a alma de puro deleite. 
Noturnamente, as estrelas vêm ao céu; 
e a onda de maré até o mar; 
Nem tempo, nem espaço, nem profundeza, nem altura... 
podem afastar de mim o que é meu. 
(Jonh Burroughs)
 
 
 
 
 
 
