Expressar o que sinto nunca foi fácil,... Juliana Soares

Expressar o que sinto nunca foi fácil, desde sempre aprendi a reprimir meus sentimentos, guardando-os pra min, ta ai o motivo do meu silencio em certos momentos, mesmo recorrendo a escrita pra tentar te falar o que sinto, nunca sei ir direto ao ponto, o faço por enigmas aquilo que quero.
Você acha que eu não sei o que é ter algo de ruim dentro de si, e que as vezes chega a ultrapassar a fé, sei exatamente o que é sentir-se exilado de tudo e todos, não me julgo honesta suficiente pra te mostrar a direção de um caminho certo ou errado, sou como você realizo os mesmos trajetos e piso nos mesmo espinhos, sinceramente não vou mentir com o que aconteceu, me sentir sim! deixada como uma carta qualquer, fora de um baralho velho, não falando que fui usada e descartada fisicamente, mais psicologicamente de alguma forma, não me surpreendi nem um pouco com tua atitude sob querer voltar à velha história que te causa tanta dor. Quando falo que meu “eu” se bloqueia quando coisas desse tipo acontecem, não é querendo apagar ou fingir que não sinto algo, ou que esse algo que existiu simplesmente sumiu, não consigo ser tão fria pra afirmar que não significou nada ou passou apenas de um aprendizado.
Quando falo pra você que estou bem, to falando a verdade, mais isso não quer dizer que ainda não lembre e sinta falta do que praticamente nem mesmo chegou a começar...
Essa é a minha forma de encarar os problemas de frente, sei que sou imprevisível, será sempre estranho quando der uma passou adiante, ou ainda sim recua-lo, eu só espero que você encontre aquilo que procura, mesmo que não saiba o que é.
Eu não senti raiva em momento nenhum, você ainda tem tantas decisões a serem tomadas e ainda não se deu conta disso, admito que não é fácil em alguns instantes ficar sem recordar o ontem, mais eu não vivo do ontem e sim do hoje, tudo isso ta servindo como uns degrau’s a mais na escada da minha vida, talvez não tenha dado certo pelo fato de sermos iguais de mais pra ficarmos juntos.


Desculpa-me vivo numa eterna descoberta sobre min...