Oceânica, aveludada, carinhosa e de... Anna Flávia Schmitt Wyse...
Oceânica, aveludada, carinhosa
e de madrepérola sardanapalesca,
A minha presença edênica nunca
será desfeita dentro do coração,
Libidinosa, lúbrica, voluptuosa -
sei que no teu íntimo tenho
o lugar preservado e intocável,
O concuspiscente e o insaciável
se encontram com o pudendo
em estro diante do teu priápico.
Não há como negar que a nossa
fórmula gera uma combinação
explosiva que nem mesmo o tempo
está a altura de alcançar e imitar,
Não nascemos para outro tipo
de languidez que não seja pós vulpina
por nossa plena vontade faminta.
Luxuriosos acendemos o céu austral
que dentro de nós vívido - ilumina,
Que condor só voa com condor,
somos a inquestionável prova viva.
No infundibuliforme o céu e o inferno
sempre nos unirá em nome da astúcia,
da lascívia e da luxúria - imperiosas,
que reunidas se retroalimentam, testam
e põem mortais à prova em todas horas.
Ínscios não somos - e ainda bem...,
tumescente, ebúrneo e desafiador,
sei muito bem que és e com andor.
O sôfrego nunca me desmobilizou,
e no fundo sei que por isso reino
com absoluto fascínio no teu peito;
Sou o ser angélico, o teu beijo de mel,
o Achachairú maduro e a inspiração
primaveral que fortalece contra o fel.
(O teu primeiro amor verdadeiro).
