Na travessia do barco que chamamos vida,... Ederson Dantas

Na travessia do barco que chamamos vida, nem sempre escolhemos o que carregamos no porão. Algumas lembranças pesam como âncoras, apertam o peito e silenciam a alma; outras, leves como vento manso, empurram-nos adiante e nos lembram quem somos. Ambas existem para nos ensinar: a dor mostra profundidade, a alegria revela sentido. Navegar não é esquecer as tempestades, mas aprender a usar até as cicatrizes como bússola, seguindo em frente com mais consciência do que esperança ingênua — e com mais verdade do que medo.
