Bom dia, sem prece, que Deus os guiem...... Zildo De Oliveira Barros

Bom dia, sem prece, que Deus os guiem...




Caridade! Por Caridade...


Somos todos tão estranhos nas avenidas da vida
No hoje eu sou quem sou! só eu conheço as minhas feridas
Vocês que passam por mim também tem tuas desditas
O pobre e também o rico choram tristes as despedidas...


Assim vivemos a vida e trilhamos nossos destinos
Nem sonhas ao passar por mim! Que busco eu nos caminhos
Talvez uma mão amiga? ou um colo de carinho
Um pão! Talvez um sorriso, um olhar! Um desatino...


Em devaneios tu corres, atravessando os caminhos
Nem percebes ali na esquina! A morte lhe vem sorrindo
Carregas ao colo o filho do drogado sem destino
Puxando vem pelas mãos! A fome e seus irmãozinhos...


Nada de ti eu espero! Pois leio seus pensamentos
Nada a ti representas os pequeninos em sinaleiros
São filhos de outras crias! Não te causam algum anseio
Que vivam ou morram à míngua! Nada te dizem respeito...




Às vezes alguns me chamam de esperança perdido
Eu levo os bons pensamentos! A ti pedindo, que ali tu distribuas comida
Ao pobre velho que tremes só da morte tem guaridas
Chamam-me de caridade! Palavras tão esquecidas...


Por entre linhas te rabisco um pedido de meu pai
Alimente com o amor aqueles ali nos sinais
Distribua seu supérfluo! Um carinho algo a mais
Uma palavra de alento, um sorriso! Antes que a morte te traia...




(Zildo de oliveira barros) 10/05/13