Crônica "ODISSEIA DE MONTAR UM... Rosana Figueira
Crônica "ODISSEIA DE MONTAR UM LIVRO NO A11"
Esta crônica nasceu da vida real — daquela vida que acontece entre um travamento do celular e outro.
Aos 60 anos, Aurora decidiu escrever um livrinho usando seu velho Samsung A11…
e descobriu que essa simples tarefa podia se tornar uma verdadeira aventura épica.
Aqui você não vai encontrar apenas humor sobre tecnologia; vai encontrar a coragem de quem insiste, recomeça, perde arquivo, tenta de novo, respira fundo e segue.
Porque criar algo bonito, mesmo com limitações, é um ato de resistência e amor.
Entre memória cheia, imagens que somem e notificações irritantes, Aurora descobriu algo importante:
não é o aparelho que faz o escritor — é o coração.
E mesmo com um A11 teimoso, ela fez nascer uma história inteira.
Esta crônica é para quem já brigou com o celular,
para quem já pensou em desistir,
para quem escreve com coragem,
e para quem transforma dificuldade em riso.
Aurora tinha um talento raro:
ela transformava qualquer pedacinho de vida em poesia.
E aos 60 anos, continuava firme, curiosa e cheia de vontade de aprender tudo o que aparecia pela frente — principalmente quando o assunto era criar contos.
Mas Aurora morava com um pequeno grande inimigo:
seu celular A11, também chamado carinhosamente de
“A11, o Desesperado”.
O A11 era valente, mas sofrido.
E Aurora fazia verdadeiros malabarismos para escrever histórias naquele aparelho teimoso.
Quando abria o Word, ele travava.
Quando colocava uma imagem, ela fugia.
Quando tentava salvar… puff!
“ARMAZENAMENTO INSUFICIENTE.”
Mas desistir? Nunca.
---
PARTE 2 – Os Travamentos Épicos do A11
Aurora colocou a primeira imagem.
A imagem cresceu.
Cresceu mais.
Virou um planeta.
Tentou diminuir.
A imagem correu para o rodapé.
Depois para a margem.
Depois sumiu.
O A11 travava com orgulho, estilo novela mexicana.
Tela preta.
Silêncio dramático.
Aurora orou, respirou, filosofou…
e começou tudo de novo.
Porque quem escreve com amor, recomeça quantas vezes for preciso.
---
PARTE 3 – Aurora Quase Jogando o A11 Pela Janela
Após a 3ª queda do Word, Aurora encarou o celular:
depois a janela…
depois o celular novamente.
Ela ameaçou:
— “Eu juro que te jogo, viu? JURO!”
O A11, com medo de virar estrela cadente, destravou.
E Aurora conseguiu digitar três frases inteiras sem travar.
Três!
Era quase um feriado nacional.
---
PARTE 4 – O Milagre do Dia Seguinte
Aurora acordou inspirada.
Conversou com o celular como se fosse um ser vivo:
— “Vamos fazer um trato? Você funciona, e eu te deixo descansar.”
Abriu o Word.
Funcionou.
Colocou imagem.
Ficou no lugar.
O A11 colaborou o dia INTEIRO.
Era quase um milagre de Natal.
No final da noite, claro…
veio a notificação:
“Armazenamento quase cheio.”
Mas Aurora sorriu.
Já tinha aprendido a rir disso.
---
PARTE 4.5 – O Sonho do A32
Naquela noite, Aurora sonhou com o celular perfeito:
✨ O Samsung A32 ✨
brilhando como um ser celestial.
Ele vinha flutuando, dizendo:
— “Auroraaaa…”
Quase tocou nele…
mas o A11, CIUMENTO, vibrou e a acordou.
Aurora sussurrou:
— “Calma, A11… foi só um sonho…”
Mas no fundo ela sabia:
Um dia… o A32 chegaria.
---
PARTE FINAL – Aurora Vence
E assim, entre travamentos, fé e risadas, Aurora terminou seu livro.
O PDF salvou.
O arquivo ficou inteiro.
O A11 vibrou — talvez de emoção, talvez de dor.
Aurora segurou o celular e disse:
— “Conseguimos, meu filho.”
E entendeu que o maior milagre não foi o A11 funcionar…
mas ela mesma não ter desistido.
Porque quem tem 60 anos e ainda sonha,
vence qualquer travamento da vida.
FIM.
