Sempre que as certezas se atreverem a... Alessandro Teodoro

Sempre que as certezas se atreverem a flertar com a nossa Liberdade de Pensar, que a dúvida nos abrace! Amém!
Porque é no abraço da dúvida que o pensamento, livre, leve e solto, respira — livre do jugo das respostas prontas, longe do conforto das verdades fabricadas.
A dúvida não é inimiga da fé nem do saber; é o ventilador da consciência, o sopro que impede que o pensamento apodreça no mofo das convicções.
As certezas constroem muros, a dúvida, pontes.
A certeza se alimenta da repetição, a dúvida, da curiosidade.
A convicção grita, a dúvida escuta.
E se o mundo parece girar ao som das certezas, é apenas porque poucos ainda têm coragem de dançar ao ritmo incerto da dúvida.
Que nós nunca nos acostumemos com o conforto das respostas — e que a nossa liberdade de pensar por conta própria seja sempre maior do que a vontade de estar certo!
Amém — mas com o coração movimentado e aquecido pela dúvida.
