Simetria Na mais bela simetria do... Matheus Molinari Crisostomo

Simetria


Na mais bela simetria do universo,
Na mais bela face em minha frente,
Corrompida pela egoísmo,
Quebrada em milhares de pedaços.


Fragmentos do tempo que orbitam o espaço,
Memórias que tingem o presente de preto,
Na mais perpétua escuridão,
Surgiu a consciência.


Ó demônio que deu sentido a existência,
Que desbravou a infinitude dos momentos,
Sobreviveu até ao horizonte de eventos,
Por que se faz tão cético?


Na visão necessária para se portar,
Viu o mundo como bastardo,
Odiado por todos,
E jogado nas ruínas do espaço.


A mais perfeita estrutura,
Só poderia ter sido criada por Deus,
E seus olhos que vêem além,
Além do infinito.


Por que então me diz chorando,
Que o sentido foi tu?


Que a lua tão bela,
É mais cruel que a humanidade.


A perfeição deve ruir,
Para existir algo para se olhar,
O pensamento deu a razão,
Para humanos poderem amar.


Quando o sangue quente que desce,
Congelar cada artéria do seu ser,
Respire lentamente,
Pois nem o infenro impediu você de ficar em pé.


Caminhe então até a função imortal,
Abra completamente esse portão trancado,
Sinta a brisa do céu e o canto dos pássaros,
Pois até mesmo demônios podem amar.