A Força do Estranho Aprendi, com o... Kepler Machado

A Força do Estranho
Aprendi, com o tempo, que nem sempre quem está mais perto é quem mais estende a mão. As ajudas mais sinceras e inesperadas muitas vezes vieram de estranhos — pessoas que cruzaram meu caminho sem aviso, sem intimidade, mas com um coração aberto.
Enquanto muitos dos que eu chamava de amigos desapareceram nas horas difíceis, rostos desconhecidos apareceram sem pedir nada em troca. Um gesto simples, uma palavra de conforto, uma atitude despretensiosa — foram esses estranhos que seguraram minhas quedas quando eu pensava estar sozinho.
A vida me ensinou que nem sempre amizade significa presença. Amizade, às vezes, é lembrança. Mas ajuda verdadeira... essa vem da bondade disfarçada na simplicidade de quem não nos deve nada, mas escolhe ser luz no nosso caminho.
Hoje, não me surpreendo mais. O abraço inesperado vale mais do que mil palavras não ditas. E, em silêncio, agradeço aos estranhos que, sem saber, salvaram partes de mim que meus amigos esqueceram.