⁠O Reencontro Para a menina que achou... Fê Moraes

⁠O Reencontro


Para a menina que achou que não saberia mais se encontrar,
caminhou em silêncio, sem pressa, sem mapa,
e, aos poucos, se viu no reflexo daquilo que sentia.

Para a menina que achou que não saberia mais se amar,
descobriu que o amor nasce na aceitação dos próprios passos,
nos abraços dados em si mesma, mesmo em dias cinzas.

Para a menina que temeu não sentir mais,
foi tocada pelo vento numa manhã de domingo,
e lembrou que a vida mora nos detalhes mais suaves.

Sentiu o cheiro das flores no meio do caminho,
sorriu com o canto dos pássaros que voltou a ouvir,
e entendeu: o sentir nunca partiu. Apenas dormia.

O reencontro veio como brisa leve,
como luz que atravessa a fresta e toca a pele,
um convite para viver o que ainda não tem fim.

E então, de oportunidade em oportunidade,
ela se fez jardim.