Sociedade X Indigentes Os ébrios que... Guilherme Niemeyer

Sociedade X Indigentes
Os ébrios que andam pelas ruas de alguém
Cantando as músicas que não ouvem
Ouvindo os que falam sem língua e virgulas
Partindo para lugares que ninguém vai e virá
Desbravar o estado de suas mentes retidas
Ao tempo dos relógios, humanos de ternos
Olhando em pulsos vazios, sem alma e vida
Como aqueles esfomeados, ponteiros de vossos dias
São os atenuadores da saudade
Os amigos do esquecimento
Apoiadores convictos do real
O acaso de pessoas indigentes
Conhecem a mentira e a verdade
Não previnem o manhã "raquítico"
Pouco reagem ao descuido da tempestade
E desde sempre é a maioria que existe
Para nada existir, em motivo do povo