Aceito o caos, contanto que ele me... Magi

Aceito o caos,
contanto que ele me diga a verdade.
Que venha nu, sem véus ou promessas,
sem perfume de conforto,
nem máscaras de ordem.
Não fujo do abismo
olho dentro.
Vejo espelhos quebrados,
e em cada caco,
um reflexo meu que ainda resiste.
Não quero mapas seguros,
quero as rotas onde o erro dança,
onde a dúvida acende a chama
de uma lucidez que sangra,
mas cura.
Porque há mais vida no descompasso
do que no silêncio ensaiado.
E se a verdade mora no caos,
então que desabe
eu saberei ficar.