Diário público de Aline Caira. Dia... Aline Caira

Diário público de Aline Caira.
Dia 08/06/2025
Perdoar é essencial para a cura da alma, do espírito e até mesmo do nosso corpo físico. No entanto, perdoar não implica necessariamente permanecer em um relacionamento ou situação que nos causa dano. Se você ofereceu inúmeras chances e, ainda assim, continua sendo ferida, o perdão é crucial, mas a permanência não é obrigatória.
O perdão genuíno emana da alma, do espírito, e não requer proximidade física para ser validado. O amor a Deus, a fé, o amor-próprio e a valorização da saúde mental e da vida são prioridades que superam qualquer outra coisa.
Existem famílias que perpetuam o sofrimento, com agressões verbais e um ambiente caótico, transformando seus lares em verdadeiros infernos. Por outro lado, há aqueles que se recusam a tolerar tal toxicidade, priorizando a paz e até mesmo a solidão em vez de suportar maus-tratos, mentiras, palavras destrutivas, egoísmo e tantas outras atitudes que nos sufocam.
A ausência de amor e da luz divina me perturba, me fere, me adoece e me revolta. Portanto, peço perdão por me isolar, mas ofereço meu perdão sincero, de corpo e alma.
Apenas peço que me permitam seguir minha vida em paz. Que me deixem criar minha filha na tranquilidade de Deus Pai. Que nos deixem em paz e sigam seus próprios caminhos na santa paz de Deus.
Lutei incansavelmente, e agora é o momento de priorizar o cuidado com minha filha e comigo mesma. É hora de seguir a vontade de Deus para a minha vida.
Deus nos convida ao perdão, uma virtude essencial para a nossa jornada espiritual. No entanto, essa exortação divina não implica em uma obrigação de permanecer em proximidade com aqueles que, de forma contínua, nos privam da paz interior e afetam negativamente nossa saúde emocional e mental. O perdão, em sua essência, é um ato intrínseco, uma decisão pessoal de libertar-se do ressentimento e da amargura.
É crucial distinguir entre perdoar e reconciliar. O perdão é um processo interno que visa a cura e a libertação do indivíduo ofendido, enquanto a reconciliação requer a participação e o comprometimento mútuo de ambas as partes. Permanecer em um relacionamento tóxico, seja ele familiar, amoroso ou profissional, pode ser prejudicial ao bem-estar e à saúde mental.
Portanto, buscar o perdão não significa tolerar comportamentos abusivos ou desrespeitosos. É possível perdoar alguém e, ao mesmo tempo, estabelecer limites saudáveis, inclusive afastando-se da pessoa, se necessário, para proteger a própria integridade e sanidade. A prioridade deve ser sempre o autocuidado e a busca por um ambiente que promova o crescimento pessoal e a paz interior. A sabedoria reside em discernir quando o perdão é um ato de libertação e quando o afastamento é um ato de autopreservação.