Soneto do Bem E de tanto olhares meu... Walysson Carvalho

Soneto do Bem
E de tanto olhares meu corpo,
E notares feiura, comparaste-me contigo.
Pois, sendo o mais belo entre tudo,
Ainda não cheguei ao teu alcance.
Assiduamente, minha mente nota falhas,
Destrói minha tarde e demonstra tardias.
Meu corpo, teu cabelo são da mesma cor,
Hei de notar uma flor em teu cabelo,
E em mim vi que, de tanto olhar, vi amor.
Quando no chão encontrares-me,
Julga-me, humilha-me e, por fim, ama-me.
Chorei-te lágrimas tantas de tanto amar-te,
E quis tanto você, que desejei, se não desse certo, a morte.
Extermínio talvez se encaixe em meu coração.
Extermínio é talvez minha única opção.
Não vejo as cores reais do mundo
Sem você ou sem minha religião.